UOL


São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003


Próximo Texto | Índice

OLHO NAS VENDAS

Analisar e combinar diferentes canais de distribuição fortalece atuação da marca e faz crescer clientela

Forma de venda influencia compras

Fernando Moraes/Folha Imagem
Loja da Chocolat du Jour, que ampliou a clientela com vendas por telefone, on-line e para empresas


PAULA LAGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O objetivo é um só: chegar ao cliente. Mas as estratégias para alcançar o alvo são várias. Escolher entre bater à porta do consumidor, usar o telemarketing, negociar somente com empresas ou ficar à espera -seja na loja física ou na virtual- vai depender do público e do produto em questão.
A definição dessa resposta vai refletir diretamente na lucratividade do negócio, pois uma decisão acertada pode driblar tanto a concorrência como uma fase de desaquecimento econômico.
"O segredo é articular os vários canais de venda de forma a fazer o produto chegar ao consumidor final", diz João Paulo Lara de Siqueira, coordenador de cursos e pesquisas do Provar (Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração), conveniado com a FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo).
Fazer um estudo detalhado dessas características vai mostrar, por exemplo, que, em áreas horizontalizadas, a venda porta a porta tem chances maiores de funcionar. Se, ao contrário, houver muitos prédios, o telemarketing vira a opção; uma loja virtual é um diferencial quando se trata de produto para jovens, e assim por diante (leia mais no quadro abaixo).
Em alguns casos, a efetividade das vendas não está em apenas um dos canais. Charles John Szulcsewski, coordenador do MBA (Master in Business Administration) de vendas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), é a favor do mix. "Em um mercado globalizado, não dá para falar que uma forma é melhor do que a outra. Para quem tem baixo poder de barganha, pulverizar é mais seguro", afirma.
"O pequeno empreendedor deve investir menos em canais grandes, como as redes de varejo, e buscar canais alternativos para não ficar dependente de uma grande companhia e acabar quebrando", emenda Szulcsewski.
Saber onde está pisando também evita percalços. "Se o empreendedor conhece o mercado e a concorrência, faz um plano de marketing, analisa o local de atuação e os canais de distribuição possíveis, terá mais segurança", diz Ermano Marchetti Moraes, diretor da Cademp (Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria da Fiesp/Ciesp).
Percebendo no tema uma fonte de dúvidas, a Fiesp desenvolveu, em parceria com a ESPM, curso sobre canais de distribuição para pequenos empreendedores. "Nossa preocupação é dar aos empresários informação e mostrar como diminuir custos. Um exemplo está na internet, que é um bom meio de divulgação, mas precisa de controle. Os pequenos ainda estão despreparados para atender à demanda e ter logística adequada", afirma Moraes.


Fiesp: 0/xx/11/3549-4499.


Próximo Texto: Método "porta a porta" cresce 30%
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.