|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aumentar clientela e poder de barganha são os objetivos de quem opta por usar diversos canais de vendas
Diversificação eleva chance de lucro
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O contato direto com o consumidor responde por 69% das vendas. A forma corporativa vem em
seguida, com 20%. Em terceiro e
quarto lugares vêm a venda via telefone (10%) e a on-line (1%). Os
números da Chocolat du Jour, especializada em chocolates sofisticados, são um bom exemplo de
diversificação de estratégias de
comercialização.
Mas a pulverização não significa
"atirar para todos os lados". "Antes não vendíamos pelo site, mas
recebíamos pedidos por e-mail de
clientes para que houvesse essa alternativa", diz Patricia Leite
Landmann, 24, sócia-proprietária. "Sentimos que existia essa
oportunidade no mercado, pois
não havia nenhum sistema de
vendas on-line com produtos como os nossos", completa.
Também para Livaldo Fernando Tinelli, 39, proprietário da Porto, Pesca e Náutica, a internet foi
o passaporte para a expansão. Como a loja fica em Porto Ferreira,
interior de São Paulo, Tinelli receava ficar estagnado no balcão.
"Investir em uma central de
vendas via telefone é mais caro,
até para o cliente, pelo valor do interurbano. Na internet não, o interessado vai direto ao que procura, a um custo reduzido, e eu posso atender a todo o país", observa.
O mercado dá o tom, mas o conhecimento sobre o segmento é o
que rege o negócio. "O empresário tem de ter sensibilidade para
saber o que acontece em sua empresa, onde atuar e como investir
e expandir", afirma Celso Bruno
Faria, presidente da Federação
das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro. "Os gostos
se modificam, a população envelhece, e o comerciante tem de
acompanhar isso", diz.
Treinamento e caixa
A preocupação com o gosto do
cliente e com a eficiência dos vendedores têm a mesma origem: a
necessidade de fazer caixa. "Isso
leva à preocupação com o treinamento e com a valorização dos
funcionários", avalia Marcos Cobra, professor de marketing da
FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo,
da Fundação Getulio Vargas).
Ricardo Henrique Bastos, 42,
proprietário da Cia. da Pesca, loja
que comercializa artigos para pescaria e mergulho, também usa a
venda por telefone, e tem na internet seu maior receio. "Eu mesmo
ainda temo fazer compra virtual,
o sistema de segurança precisa ser
extremamente confiável. Por isso
estou investindo no site, mas com
cautela", admite Bastos.
Pela culatra
Para evitar que todo o investimento feito na implantação de
uma nova técnica de venda seja
perdido e provoque o efeito contrário, é preciso fazer um plano de
marketing especificando o público a ser atingido e as expectativas.
"Assim não há risco de uma técnica canibalizar a outra, porque os
públicos são diferentes, têm necessidades distintas, e os canais se
complementam", analisa Ermano
Marchetti, da Cademp.
Na Network1, revendedora de
produtos de telecomunicações, o
rito de passagem para a adoção
do telemarketing e do comércio
on-line incluiu treinamento para
os televendedores, revisão da loja
virtual e criação de um centro de
relacionamento no site, abastecido com informações sobre preços
e estoque, entre outras.
"Não tivemos problemas de um
canal se sobrepor ao outro. Disponibilizamos todas essas opções,
pois temos como objetivo oferecer sempre mais facilidades aos
clientes", diz Reinaldo Fonseca,
40, diretor de vendas. "Desenvolvemos também campanhas específicas, com promoções somente
para um canal, para fortalecê-lo."
Texto Anterior: Método "porta a porta" cresce 30% Próximo Texto: Web conquista com pesquisa de preço Índice
|