São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008


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Parceria entre firmas conserva freguês

Estratégias visam a criar comunidade para turista

DO ENVIADO ESPECIAL

Gilvan Tibúrcio, 26, dono da loja de roupas e acessórios Navy, não conta a idade de seu negócio em anos, mas em verões -já são seis. "Na alta temporada, temos 90 dias de pura alegria", afirma.
Para atrair clientes durante o ano todo, Tibúrcio gasta em média R$ 800 por mês em divulgação, como anúncios em revistas e rádios locais e desfiles nas principais casas noturnas da região de São Sebastião.
Também para trazer mais consumidores, injetou cerca de R$ 25 mil em um novo negócio anexo à loja, o Temaki Bar Camburi, que visa a aproveitar o aumento da demanda por restaurantes japoneses na região.
Uma vez atraídos os clientes, Tibúrcio tem planos para fidelizá-los. No Temaki Bar Camburi, por exemplo, oferecerá serviço de massagem como um diferencial competitivo.
Já na loja de roupas, aposta em promoções -quem compra um boné ganha uma hora de acesso à internet em um dos computadores disponíveis.
Dependendo do valor da compra, o cliente pode também receber um convite VIP para uma das casas noturnas da região com as quais o empresário mantém acordo.

Parceiros
Criar um grupo de estabelecimentos parceiros é uma das estratégias sugeridas pelos especialistas ouvidos pela Folha. Dessa forma, é desenvolvida uma comunidade da qual o turista sinta que faz parte.
Além de atrair clientes com refeições temáticas, como as festas do bacalhau e da feijoada, e com faixas espalhadas pela cidade, Roberta Cunha Araújo, 28, dona do restaurante Portal de Maresias, estabeleceu uma parceria com as pousadas que não estão localizadas de frente para o mar.
O restaurante oferece serviço de praia aos clientes dos parceiros. "Dessa forma, tenho praticamente um restaurante a mais, localizado na areia", aponta. Chegam a ser cem guarda-sóis no verão.
Os esforços para atrair clientes e fidelizá-los, para Denise Von Poser, professora de comunicação com o mercado da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), valem a pena para o empreendedor.
"Se o cliente se sentir bem-vindo no estabelecimento, ele voltará porque não irá precisar se esforçar para escolher de novo", aponta. "Ele já estará na sua zona de conforto." (DB)


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