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Parceria entre firmas conserva freguês
Estratégias visam a criar comunidade para turista
DO ENVIADO ESPECIAL
Gilvan Tibúrcio, 26, dono da
loja de roupas e acessórios
Navy, não conta a idade de seu
negócio em anos, mas em
verões -já são seis. "Na alta
temporada, temos 90 dias de
pura alegria", afirma.
Para atrair clientes durante o
ano todo, Tibúrcio gasta em
média R$ 800 por mês em
divulgação, como anúncios em
revistas e rádios locais e desfiles nas principais casas noturnas da região de São Sebastião.
Também para trazer mais
consumidores, injetou cerca de
R$ 25 mil em um novo negócio
anexo à loja, o Temaki Bar
Camburi, que visa a aproveitar
o aumento da demanda por restaurantes japoneses na região.
Uma vez atraídos os clientes,
Tibúrcio tem planos para fidelizá-los. No Temaki Bar Camburi, por exemplo, oferecerá
serviço de massagem como um
diferencial competitivo.
Já na loja de roupas, aposta
em promoções -quem compra
um boné ganha uma hora de
acesso à internet em um dos
computadores disponíveis.
Dependendo do valor da
compra, o cliente pode também
receber um convite VIP para
uma das casas noturnas da
região com as quais o empresário mantém acordo.
Parceiros
Criar um grupo de estabelecimentos parceiros é uma das
estratégias sugeridas pelos especialistas ouvidos pela Folha.
Dessa forma, é desenvolvida
uma comunidade da qual o
turista sinta que faz parte.
Além de atrair clientes com
refeições temáticas, como as
festas do bacalhau e da feijoada, e com faixas espalhadas
pela cidade, Roberta Cunha
Araújo, 28, dona do restaurante Portal de Maresias, estabeleceu uma parceria com as pousadas que não estão localizadas
de frente para o mar.
O restaurante oferece serviço de praia aos clientes dos
parceiros. "Dessa forma, tenho
praticamente um restaurante a
mais, localizado na areia",
aponta. Chegam a ser cem
guarda-sóis no verão.
Os esforços para atrair clientes e fidelizá-los, para Denise
Von Poser, professora de comunicação com o mercado da
ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), valem a
pena para o empreendedor.
"Se o cliente se sentir bem-vindo no estabelecimento, ele
voltará porque não irá precisar
se esforçar para escolher de novo", aponta. "Ele já estará na
sua zona de conforto."
(DB)
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