São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010


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No RJ, pacificação amplia adesão

Mutirões organizados pelo Sebrae na cidade permitem que empreendedores se formalizem

NOVA FÓRMULA
Silvia Zamboni/Folhapress
Ricardo Fernando, 49, fez pesquisa na internet e com a família para criar uma cera depilatória a partir de cera de abelhas e de óleo vegetal; o empreendedor cadastrou-se no EI e atualmente elabora o rótulo do produto

DA ENVIADA AO RIO

O florescimento de empreendimentos nas regiões mais populares da cidade do Rio de Janeiro tem sido impulsionado por um motivo: a pacificação de comunidades.
A ação iniciada em 2008, no morro Dona Marta (zona sul), visa desmembrar o tráfico, facilitar a realização das obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e integrar as áreas ao Estado.
Neste ano, o Sebrae passou a visitar comunidades pacificadas para realizar mutirões de formalização.
Durante os mutirões, 1.030 empreendedores foram formalizados em quatro comunidades (Borel, Cidade de Deus, Pavão-Pavãozinho/ Cantagalo e Providência). O número não considera os processos realizados pela internet. No Estado estão 103.457 dos 781,6 mil formalizados do Brasil.
A formalização, que garante o CNPJ, permite a empresários como Alexandre Leôncio, 31, dono de uma loja de doces, negociar diretamente com fornecedores e ampliar as margens de lucro. "Posso adquirir por R$ 1,20 produtos do mercado que eu comprava por R$ 1,80."
O empreendedor individual Eurico de Souza Medeiros, 53, também se beneficiou com o registro de pessoa jurídica. As empresas que estão em sua cartela de clientes pouco a pouco deixam de aceitar recibo de autônomo e passam a exigir nota fiscal.
A pacificação também permitiu a ampliação dos horários de atendimento. Raul Guimarães, 57, morador de Jacarepaguá, tem um restaurante por quilo na Cidade de Deus (zona oeste).
Até 2009, as portas se fechavam às 16h. Agora, Guimarães busca aproveitar a infraestrutura do local para funcionar como pizzaria das 17h às 24h. "Quero empregar seis funcionários."
(JV)


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