São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011


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Dobra oferta de crédito para pequenas empresas

Demanda reprimida e redução da inadimplência são razões do aumento

Paula Giolito/Folhapress
O empresário Eduardo Dias, que financiou um terço do investimento inicial da franquia UNS

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

Em três anos, os cinco principais bancos do país dobraram a oferta de crédito para micro e pequenas empresas no país. Os números foram apurados pela Folha com Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander.
Todas essas instituições financeiras multiplicaram por dois os desembolsos destinados a empréstimos e financiamentos para negócios desses portes de 2007 a 2010.
O mercado enumera algumas razões para o incremento. A primeira delas é que o segmento de micro e pequenas empresas representa para os bancos possibilidade de crescimento e de aumento da carteira de clientes.
"Antes, havia uma demanda reprimida", afirma Ademiro Vian, diretor-adjunto de serviços e financiamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O aumento no montante também foi impulsionado pela pontualidade de pagamentos dos empresários.
Se, em janeiro de 2006, 93,6% cumpriam as obrigações financeiras em dia, em dezembro de 2010, esse índice foi para 95,4%, de acordo com a Serasa Experian.
Na avaliação de Octávio Lazari Júnior, diretor da área de empréstimos e financiamentos do Bradesco, houve uma mudança cultural. "Os empresários estão mais preparados [para gerenciar o negócio]", destaca.
Por essa razão, segundo Lazari Júnior, adéquam melhor seu fluxo de caixa às suas necessidades.
O governo também ampliou o desembolso por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no último ano.
Em 2009, foram destinados R$ 11,5 bilhões a micro e pequenas empresas -8,5% do total. Em 2010, foram R$ 23 bilhões -14% do total.

COMPRA PARCELADA
Nesse cenário, candidatos a empreendedor, como Eduardo Dias, 41, apostam no financiamento para crescer. Em novembro de 2010, ele investiu R$ 150 mil em uma unidade da escola de idiomas UNS. Do total, R$ 40 mil vieram de uma linha de crédito com prazo de financiamento de 36 meses.
Dias também usou o cartão BNDES, que permitiu a compra parcelada de mobiliário e computadores.
"Minha meta é que a escola se pague a partir de agosto deste ano, incluindo as parcelas do financiamento", diz.


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