COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A exigência crescente de certificação ambiental por parte das grandes empresas dos produtos de seus fornecedores já causa mudanças de paradigma em firmas de pequeno porte.
De olho nessa movimentação, acontece nesta semana a Feira Brasil Certificado, que será realizada entre os dias 16 e 18 no Centro de Eventos São Luís, na capital paulista (www.brasilcertificado.com.br).
Serão apresentados na feira produtos com o selo FSC (Conselho de Manejo Florestal), que certifica firmas cumpridoras de regras de manejo florestal.
"O selo atesta que o produto não cria impactos ambientais e sociais negativos e que é economicamente viável", explica Leonardo Sobral, coordenador de floresta natural do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
As entidades credenciadas ao FSC fazem avaliações de campo em empresas e comunidades. Uma vez aprovadas, passam por auditorias constantes, sob o risco de perderem o selo.
Certificado há menos de um ano, o Grupo Tucumarte, que reúne artesãos da comunidade ribeirinha do Urucureá, em Santarém (PA), usará o selo para divulgar as cestarias feitas de sementes e fibras de tucumã.
"Várias oportunidades poderão ser criadas na feira", afirma Ândrea Colares, técnica em produção comunitária do Projeto Saúde e Alegria, do qual o Tucumarte faz parte.

Madeira certificada
"A tendência daqui para a frente é regularizar o corte da madeira", aponta Waldir Luiz dos Santos, sócio da distribuidora Espaço da Madeira.
A empresa obteve o selo FSC há cerca de três meses e participará pela primeira vez da feira.
Segundo Santos, as construtoras -foco principal de seu negócio- passaram a comprar madeira certificada para obras.
Além de mostrar no evento os tipos de madeira que comercializa, o empresário quer atrair a atenção de clientes como arquitetos e decoradores. "Temos de abrir esse leque."
(IGOR GIANNASI)


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