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gestão RH
Horas extras estão entre as principais ações trabalhistas
Falta de registro põe empresários no banco dos réus
RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações trabalhistas estão
entre as principais dores de cabeça dos empresários. Nessa
lista, as geradas por pedido de
pagamento de horas extras são
uma das mais recorrentes.
"Basicamente, falta conhecimento ao empresário", avalia
o professor de direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica) Marcel Cordeiro.
Levantamento feito pelo escritório Pompeu, Longo, Kignel & Cipullo, com base em
2.000 processos, mostra que a
maior parte deles (32%) foi movida por problemas que ocorreram no acerto do período trabalhado a mais.
Em seguida, estão as ausências de remuneração das férias,
(25%), e de depósito do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço) (24%).
"O principal motivo de briga
[entre empreendedor e funcionários] está no lançamento das
horas", assinala a advogada
Márcia Pozelli Hernandez, do
Mesquista Barros Advogados.
No entanto, driblar o banco
dos réus, conta Marcel Cordeiro, é simples. Basta que o empresário mantenha um sistema
de controle do período trabalhado a mais. "Não importa se a
anotação é feita em papeletas
ou relógio de ponto tradicional
ou eletrônico, mas é preciso ter
um registro", assinala Cordeiro, acrescentando que o risco
de uma ação é ainda menor se
as informações forem compartilhadas com os empregados.
A recomendação não é válida
apenas para empresas que têm
mais de dez empregados -que,
por lei, são as que devem ter
controle sobre as horas excedidas da jornada de funcionários.
Cordeiro recomenda que
mesmo as microempresas tenham um sistema de contabilização de hora extra. "Se tiver
registros como cartão de ponto,
a empresa estará bem-posicionada [na Justiça] em relação a
um possível questionamento",
avalia Cordeiro.
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