São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2004


Próximo Texto | Índice

ERRAMOS (24/03/2005): Diferentemente do que foi publicado, Arnaldo Werblowsky é gerente, e não sócio, da empresa de ecoturismo FreeWay.

Intuição e criatividade são as armas na hora de inventar slogans para resumir a proposta do negócio

Empresário "ataca" de publicitário

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Faça você mesmo. Esse é o slogan de empreendedores que, em seu negócio, encarregam-se de tudo, até mesmo de criar seus próprios anúncios e slogans.
Quando o empresário "ataca" de publicitário, o risco é grande, mas há chances de dar um tiro certeiro, mesmo que apoiado puramente na intuição ou na sonoridade, dizem os especialistas.
"O dono do negócio deve tentar resumir o que acredita que tenha força para comover o freguês", diz Ivan Pinto, professor de gerenciamento de marcas e planejamento de comunicação e diretor da central de cases da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "Essa simplicidade pode ser boa. A comunicação publicitária é sofisticada justamente por ser simples."
Arnaldo Werblowsky, 46, e sua irmã Sonia, 41, sócios da operadora de ecoturismo FreeWay, concordam que suas criações não são "obras de arte", mas afirmam que os slogans funcionam.
Juntos, bolaram um anúncio para revistas especializadas em turismo usando papel reciclado. Na página, ao lado de fotografias (com qualidade inferior em razão do papel), puseram o texto "Não brilhamos no papel, mas brilhamos na natureza", que hoje é um dos slogans da agência. "Criamos o primeiro texto há cerca de três anos em uma reunião", conta ele.
Já Gilberto Yamada, 44, dono da Angelicar Automóveis, em São Paulo, afirma que nem precisou inventar seu slogan: bastou aproveitar a fama que já tinha entre os clientes do bairro.
"Todo mundo na região me conhece como "japonês" e sabe que sou bom negociante." Foi juntar as coisas para que surgisse "O japonês bom de negócio".
Mas a experiência não tem espaço apenas entre os pequenos. Na rede Café Cancun, o slogan "Restaurante divertido" foi criado há cerca de três anos pelos franqueadores, preocupados em dizer que a casa era mais do que uma discoteca. "Sentamos juntos e fizemos um "brainstorm". O slogan nos rendeu uma nova fatia de público", ressalta o franqueador Luiz Henrique Marcondes, 43.

Próximo Texto: Cumprir promessas reforça slogan
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.