São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2004


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GESTÃO

37% das firmas inativas não dão baixa na Junta Comercial porque ainda acreditam em retomada

Esperança faz empresa sobreviver só no papel

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de 70% das empresas extintas no país não dão baixa dos atos constitutivos na Junta Comercial. O principal motivo, apontado por 37% das inativas, é a esperança de reativar a firma.
Os dados são de pesquisa divulgada na quarta-feira pelo Sebrae. A entidade entrevistou 5.727 empresas em todo o país.
Essa espera pode ser positiva ou negativa, dependendo do caso. "Mas manter uma empresa aberta nessa expectativa por um ou dois anos nunca é um bom negócio", diz Gustavo Morelli, gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes do Sebrae Nacional.
A idéia é que só compensa deixar a firma por um tempo "na geladeira" se a intenção for retomar logo as atividades e se não houver débitos significativos.
"No longo prazo, é um rolo compressor. Quem mantém débitos em aberto [com a Receita Federal, com o INSS e com outros órgãos] paga muito mais depois."
Se, para fechar a empresa, gasta-se em São Paulo cerca de R$ 700 (incluindo taxas e o contador, fora eventuais débitos), vale a pena lembrar que há um custo fixo para mantê-la, mesmo se inativa.
Levantamento feito nas Juntas Comerciais do Distrito Federal e de todos os Estados do país, com todas as empresas fundadas entre 2000 e 2002, mostrou que 49,4% delas quebram antes dos dois anos de vida e 60%, antes dos quatro anos. Por dia, 500 firmas fecham as portas no país.(BL)


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