São Paulo, domingo, 15 de setembro de 2002


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Idéia foi importada da Coréia do Sul

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O conceito de "LAN house" chegou ao país em 1998, pelas mãos do empresário Sunami Chun, 26, brasileiro de ascendência coreana. Chun é o fundador da rede mais bem-sucedida de LANs do momento, a Monkey.
Durante uma viagem de estudos à Coréia do Sul, Chun percebeu a "febre" das "LAN houses". Em Seul, chegou a presenciar a existência de até seis lojas em uma mesma quadra. Todas cheias.
De volta ao Brasil, resolveu investir no negócio. A primeira loja foi inaugurada no final de 1998, em São Paulo. Três anos depois, formatou um sistema de franquias e passou a investir na expansão da marca. Hoje abre de duas a três unidades por mês, tem 15 lojas só em São Paulo e chegou à marca de 144 mil clientes mensais em toda a rede.
As viagens de atualização à Coréia do Sul continuam. Neste momento, Sun está no país berço das "LAN houses", estudando as novidades do negócio.

Diversão e trabalho
Para quem acha que ser dono de LAN é apenas festa, contudo, o diretor administrativo da Monkey, Frank Onishi, dá o recado: "É um negócio como outro qualquer. O empresário tem de ser rígido, não encarar como diversão, controlar os funcionários e o fluxo de caixa. A diversão é só para os clientes".
Para os sócios da franquia Monkey de Perdizes (zona oeste), contudo, a receita não é tão rígida assim. "É legal jogar, manter a proximidade com os clientes, criar amizade", diz Carlos Darin, 21, proprietário da loja.
Darin afirma que sempre que pode sai do escritório para se juntar aos jogadores na loja. Ele representa uma boa parte dos investidores do setor, pois passou de frequentador a dono de LAN. Antes de ter seu empreendimento com outros três sócios (o mais velho tem 22 anos), trabalhava em uma LAN em São Paulo. "Vi que a casa estava sempre cheia, achei que era um bom negócio."
Inaugurada em março, a LAN de Darin já tem 3.600 usuários cadastrados e uma média de público de 150 pessoas por dia. "Tudo em informática passa, menos os jogos. Esse é um hábito que não muda", argumenta, dizendo-se confiante no crescimento da loja.


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