São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008


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feiras

Tecnologias sociais mostram produtos na Expo Brasil

Redes expõem máquinas e difundem ecossoluções

ANDRÉ LOBATO
ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ (MT)

Cultivos orgânicos, produtos de comunidades locais, inventos simples, como os que oferecem soluções para a seca no semi-árido e modelos de inclusão produtiva, de mercado justo e de participação popular.
A Expo Brasil, que aconteceu na semana passada em Cuiabá (MT), tratou desses temas e envolveu participantes de seis outros países latino-americanos.
A RTS (Rede de Tecnologias Sociais), um novelo de 700 organizações, apresentou tecnologias como um conjunto de máquinas desenvolvidas para otimizar a quebra de coco babaçu no Ceará e no Maranhão.
O governo maranhense está estudando adquirir as máquinas, que custam R$ 60 mil em média, e deverá anunciar a compra durante a feira Amazontech, que ocorrerá entre 25 e 29 de novembro, em São Luís.
Segundo a diretora-executiva da RTS, Larissa Barros, em 2005, a rede tinha a expectativa de chegar a 2008 com R$ 30 milhões em investimentos, mas alcançará R$ 228 milhões.
Outro expositor foi a Cooperagrepa (Cooperativa dos Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia), que junta 300 famílias com produções agroecológicas em dez municípios.
Nas cidades mato-grossenses de Marcelândia e Alta Floresta, que estão entre os municípios com maior desmatamento do país, segundo dados de 2007 do MMA (Ministério do Meio Ambiente), frutas e verduras são cultivadas sobre as sobras de árvores. Entre 2005 e 2008, a renda do projeto aumentou de R$ 15 mil para R$ 517 mil.
Em 2009, a Expo Brasil deverá ocorrer em uma grande metrópole como São Paulo. O objetivo é trazer tecnologias sociais para o ambiente urbano.

Plano parado
A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, aprovada em fevereiro pelo presidente Lula, ainda não avançou. Segundo a Folha apurou, o plano de ações deveria ter sido encaminhado em maio, quando o ministro Carlos Minc substituiu Marina Silva.
A diretora de extrativismo do MMA, Cláudia Calório, confirmou que o plano encontra-se praticamente igual e disse que a demora deve-se "ao processo de consolidação das estratégias dos grupos de trabalho".


O jornalista viajou a convite do Sebrae


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