São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008


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gestão

Lei Cidade Limpa ainda é inspiração para discussões

Há empresas que não sabem se estão adequadas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No início, a reação da gerente da loja Palácio das Plumas Regiane Sales com a Lei Cidade Limpa foi de incompreensão.
"Foi uma medida muito imediata", opina. Passado o susto -e após ter reduzido o logotipo na entrada da loja- ela apóia a legislação implantada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) para regularizar a comunicação visual na cidade de São Paulo.
"Hoje já dá para ver que a 25 de Março tem outro aspecto", comenta sobre a rua da região central onde fica o estabelecimento, que vende acessórios para confecções. Para Sales, o excesso de propaganda de algumas lojas, invadindo fachadas alheias, ficava "desleal".
Polêmica desde o começo, a Lei Cidade Limpa, que mostrou a cidade que antes se escondia atrás de painéis publicitários e peças indicativas de estabelecimentos comerciais, ainda causa reações de apoio e de repúdio, após pouco mais de um ano de entrar em vigor.
Dona de uma restauradora de molduras de quadros na rua Bela Cintra (zona oeste), Cristina Benaque se diz totalmente contrária ao modo como a lei foi implantada. "As fachadas da rua Augusta ficaram horríveis. Parecem casas abandonadas."
Benaque diz não saber se sua loja está de acordo com a lei -o nome do estabelecimento não fica exposto na fachada.

Ações
Liminares contra a medida foram concedidas e derrubadas. De acordo com a Secretaria de Subprefeituras, ainda restam seis ações individuais e uma coletiva, pedida pelo Sindcon (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes).
A Associação Comercial de São Paulo também entrou com uma liminar (derrubada em março do ano passado), mas passou a apoiar a proposta.
"À medida que ela foi desenvolvida, percebeu-se o lado positivo, que não se pode negar", diz Roberto Mateus Ordini, vice-presidente da associação.
Para uma das idealizadoras da lei, a diretora de projetos, meio ambiente e paisagem urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), a urbanista Regina Monteiro, a ação teve de ser radical devido a "sucessivos erros de legislação" sobre o assunto.
Ela se diz surpresa com o que chama de "pacto a favor da lei". "Achei que fosse ter mais grita da sociedade." (IG)

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