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gestão
Lei Cidade Limpa ainda é inspiração para discussões
Há empresas que não sabem se estão adequadas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No início, a reação da gerente
da loja Palácio das Plumas
Regiane Sales com a Lei Cidade
Limpa foi de incompreensão.
"Foi uma medida muito imediata", opina. Passado o susto
-e após ter reduzido o logotipo
na entrada da loja- ela apóia a
legislação implantada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM)
para regularizar a comunicação
visual na cidade de São Paulo.
"Hoje já dá para ver que a 25
de Março tem outro aspecto",
comenta sobre a rua da região
central onde fica o estabelecimento, que vende acessórios
para confecções. Para Sales,
o excesso de propaganda de
algumas lojas, invadindo fachadas alheias, ficava "desleal".
Polêmica desde o começo, a
Lei Cidade Limpa, que mostrou
a cidade que antes se escondia
atrás de painéis publicitários e
peças indicativas de estabelecimentos comerciais, ainda causa reações de apoio e de repúdio, após pouco mais de um ano
de entrar em vigor.
Dona de uma restauradora
de molduras de quadros na rua
Bela Cintra (zona oeste), Cristina Benaque se diz totalmente
contrária ao modo como a lei
foi implantada. "As fachadas da
rua Augusta ficaram horríveis.
Parecem casas abandonadas."
Benaque diz não saber se sua
loja está de acordo com a lei -o
nome do estabelecimento não
fica exposto na fachada.
Ações
Liminares contra a medida
foram concedidas e derrubadas. De acordo com a Secretaria
de Subprefeituras, ainda restam seis ações individuais e
uma coletiva, pedida pelo Sindcon (Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e Lubrificantes).
A Associação Comercial de
São Paulo também entrou com
uma liminar (derrubada em
março do ano passado), mas
passou a apoiar a proposta.
"À medida que ela foi desenvolvida, percebeu-se o lado positivo, que não se pode negar",
diz Roberto Mateus Ordini, vice-presidente da associação.
Para uma das idealizadoras
da lei, a diretora de projetos,
meio ambiente e paisagem urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), a
urbanista Regina Monteiro, a
ação teve de ser radical devido a
"sucessivos erros de legislação"
sobre o assunto.
Ela se diz surpresa com o que
chama de "pacto a favor da lei".
"Achei que fosse ter mais grita
da sociedade."
(IG)
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