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SALDO POSITIVO
Prevenção é a vacina antiliquidação
Investimento em sistema de gestão da cadeia de abastecimento ajuda a evitar encalhes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Melhor do que realizar uma
liquidação bem-sucedida, dizem consultores, é preveni-la,
investindo em um estoque na
medida certa para a demanda.
Isso é possível -e desejável-
quando o empresário acompanha o comportamento do mercado, busca informações em diversas áreas -inclusive com
seus fornecedores- e se mantém atento aos diversos acontecimentos que podem influenciar a decisão do consumidor.
"O ideal é investir em uma
gestão preventiva e diminuir os
erros de planejamento de estoque", destaca o professor de
marketing Maurício Morgado,
da Fundação Getulio Vargas.
"É a melhor maneira de acertar e se sair bem nesse período,
evitando a sobra de mercadoria
ou, pior, a sua falta", reitera.
Mercadoria em excesso é
mercadoria parada, o que significa maior tempo de estocagem
e custos extras de armazenagem, movimentação, manuseio
e índice de deterioração.
Além de manter-se bem informado para realizar um planejamento eficaz, o empresário
pode evitar a cilada das previsões que não se concretizam
com um sistema de reposição
de itens rápido e constante.
Trata-se de um modelo de
gestão possível de ser adotado
principalmente por meio da
automatização, que interliga o
caixa, a retaguarda da loja e o
seu departamento de compras.
A cada venda, é efetuada a
baixa imediata no estoque e
providenciada a reposição da
mercadoria diretamente com o
fornecedor, evitando, assim, a
necessidade de aquisição de volumes altos para estocagem.
Outro benefício do sistema
de reposição constante é a liberação do capital, que deixa de ficar "empatado" na mercadoria
para ser aplicado de forma a favorecer maior giro de vendas
-em publicidade, ambientação
e treinamento de pessoal.
"Uma cadeia inteligente é baseada na demanda, tendo em
uma de suas pontas a reposição
rápida de estoques", explica
Cláudio Czapski, superintendente da ECR Brasil (Efficient
Consumer Response Brasil),
entidade que visa a otimização
da cadeia de abastecimento.
Inevitável
Mesmo quando o erro já
ocorreu, é possível corrigi-lo
por meio de uma ação rápida
que evite a última cartada da liquidação, a fim de não diminuir
a margem de rentabilidade.
Segundo Maurício Morgado,
há dois esforços anteriores à redução de preços: divulgação do
item com mais destaque e incentivo à equipe de vendas.
"Tudo isso pode ser trabalhado em conjunto, dependendo
da necessidade do empresário."
Se a liquidação não for contornável, é importante que seja
transparente, para que o consumidor não se sinta lesado.
"Trata-se de uma questão ética
e a resposta é imediata -não
compensa o desgaste", assinala
o presidente da consultoria Popai Brasil, Chan Wook Min.
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