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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003


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MARKETING

Pesquisa inédita do InterScience, com cem anunciantes, diz que elas só perdem para publicidade

Feiras de negócios ganham destaque

LARA SCHULZE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As feiras de negócios viraram o novo alvo dos departamentos de marketing. Depois dos tradicionais anúncios em revistas, jornais, rádios e TV, os eventos são a ferramenta de divulgação mais utilizada pelas empresas. O dado vem de pesquisa inédita do instituto InterScience, feita com os cem maiores anunciantes do país.
Mas não são só as grandes corporações que apostam nessa estratégia. Pequenas e médias empresas também podem investir em encontros de negócios para divulgar as suas atividades.
As vantagens, dizem os especialistas, são as mesmas: "Expor em feiras proporciona um contato maior entre o cliente e a empresa", afirma o arquiteto do PAD (Projeto Arquitetura e Design Gráfico) Renato Ramalho, 27.
Se, por um lado, a participação em feiras de negócios pode trazer bons resultados, por outro, é bom preparar o bolso para as despesas. De acordo com o diretor de negócios da InterScience, Jorge Kodja, 34, expor em eventos "exige verba para uma situação específica, voltada para um público seleto".
Apesar de concentrar gastos consideráveis em um curto período de tempo, Kodja prevê que o investimento em feiras cresça em 2004.

Interatividade
A agência de marketing de relacionamento Incentive House confirma a tendência: até setembro deste ano, esteve presente em 28 eventos. "Em 2002, fizemos 29 feiras no ano inteiro", diz o diretor de criação, Jorge Medauer.
O empresário Miguel de Castro Rodrigues, 60, que há quatro anos participa de feiras, afirma que a interatividade proporcionada nessas ocasiões é "fundamental para o crescimento do negócio".
"O contato direto abre um leque de oportunidades", avalia.
O arquiteto da Interfeiras e Eventos Dieter Brockhausen explica que o investimento nesse tipo de publicidade é alto porque envolve muitos profissionais para a montagem da estrutura. "Mas os retornos superam os investimentos e garantem de três a quatro meses de produção", diz.
Segundo levantamento do Sindiprom (Sindicato das Empresas de Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos em São Paulo), há eventos na cidade que recebem até 100 mil pessoas.
Só em São Paulo, a oferta de espaço em pavilhões chega a 230 mil metros quadrados. Hotéis e pequenas organizações somam outros 100 mil metros quadrados. Por mês, cerca de dez feiras acontecem na capital paulista.


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