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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003


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"Canibalismo" é queixa de empresário

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ramo de água mineral não é novidade para José Itamar de Castro, 54, que atua nele há 15 anos. De 1988 a 1998, trabalhou como transportador autônomo para diversas distribuidoras. Há cinco anos, abriu sua própria revenda, a Cristal Água, no bairro da Penha, zona leste de São Paulo.
Castro entrou no negócio de distribuição porque o frete que recebia pelo transporte de água "já não compensava". Abriu a revenda em sociedade com o irmão e com o filho. Ele afirma, no entanto, que o aumento da concorrência afetou o movimento.
"Se não houvesse tantos concorrentes, até daria para trabalhar bem nesse ramo", comenta. Segundo Castro, desde que o negócio foi aberto, as vendas já caíram aproximadamente 50%. "Com tanta gente trabalhando com entrega, [o faturamento] vai caindo mesmo", afirma o empresário.

Concorrência desleal
Há 29 anos no ramo, Alexandre Delallo, diretor do grupo de revendedoras Água Leve, também se queixa. Segundo ele, alguns revendedores trabalham com fontes que ficam dentro da cidade de São Paulo, o que torna a concorrência "desleal". "A economia atingida por quem trabalha com fontes dentro da capital [devido ao frete menor] atrai mais gente para o negócio. O mercado acaba sendo "canibalizado'", conclui.


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