São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010


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Eventos aquecem oportunidades

Turismo de negócios reforça movimento fora da temporada de inverno em Campos do Jordão

João Brito/Folhapress
José Carlos Rebello repõe chocolate em uma de suas quatro lojas em Campos do Jordão

ENVIADA À SERRA DA MANTIQUEIRA

Um dos caminhos trilhados pelas cidades da Mantiqueira para fazer visitantes subirem a serra durante o ano todo foi o investimento em captação de eventos. Em 2009, só em Campos do Jordão foram sete, em geral, congressos. Neste ano, o número deve dobrar.
O impacto disso é sentido no aumento estimado de 67% do número de visitantes de eventos, dos 12 mil em 2009 para os 20 mil em 2010.
Se considerado apenas o período de eventos, o volume de receita em Campos no ano passado foi de R$ 33 milhões. Em 2010, deverá subir para R$ 120 milhões (veja quadro).
Os benefícios se pulverizam direta e indiretamente aos empresários da região. A fim de suprir essa demanda, haverá, por exemplo, aumento de 10% da ocupação de hospedagem e de 15% do número de refeições servidas, aponta estudo do Sebrae-SP realizado em Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Piquete, Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e São Francisco Xavier.
"Chocolate e malhas existem em toda zona fria. Queremos mostrar que temos um diferencial", explica Roselaine Dantas, gerente-executiva do Campos do Jordão Convention & Visitors Bureau.
Alguns empresários confirmam que há maior clientela na região. José Carlos Rebello, 45, resolveu abrir um quiosque de venda de chocolates no inverno há 20 anos. No ano seguinte, voltou à cidade e abriu a loja Sabor Chocolate. Hoje são quatro, mais a fábrica, e um faturamento anual de R$ 800 mil.
"Comecei empolgado com o inverno, mas a cidade vende chocolate em qualquer época", aponta Rebello.
O empresário Silvio da Matta, 53, apostou na diversificação. Abriu há dois anos o restaurante Barito, no qual gastou R$ 250 mil, com retorno do investimento esperado para daqui a seis anos.
"Também tenho uma construtora. Percebo nos últimos cinco anos um aquecimento no setor. As pessoas parecem ver oportunidades mais concretas na região."


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