DA REDAÇÃO

Você sabe com o que a sua empresa está gastando dinheiro? Se a pergunta, à primeira vista, lhe parece óbvia, é bom ficar atento: a resposta não é tão simples assim, pelo menos para 86% das micro e pequenas empresas paulistas.
É o que revela uma pesquisa elaborada pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, segundo a qual a maioria das empresas de menor porte possui dificuldades em identificar a composição dos custos de seu principal produto.
Entre as consequências mais agravantes está a diminuição das chances de sobrevivência ao disputar mercados competitivos. "A vulnerabilidade é maior quando não há o controle", alerta o consultor do Sebrae Ricardo Curado.
As dúvidas estão na estrutura trabalhista e nos estoques: 38% das 450 empresas pesquisadas dizem desconhecer o valor da hora trabalhada pelos empregados, e 33%, o valor dos estoques.
Para o gerente de qualidade do grupo Catho, Renato Scher, 32, o problema é intensificado ao serem considerados os "custos ocultos". "Sabemos que, em épocas de início de aulas, aumentam gastos com materiais de escritório. Já outras empresas tentam economizar com cartuchos de impressora usados, e não percebem que o barato pode sair caro."

Curso
De olho no problema, a IIR (Institute for International Research) fará um seminário, nesta semana, sobre redução de custos em compras, com a participação de vários executivos. "As mudanças políticas e as variações cambiais pressionam as empresas a cortarem gastos supérfluos. Por isso a procura é grande", afirma a gerente de eventos do IIR Cintia Merighi.
As fundações Vanzolini e Getúlio Vargas também oferecem cursos regulares. Entre eles, o de custeio por atividades -ou ABC (Activity Based Costing)- e o de gestão estratégica de custos.



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