Couromoda mostra coleções com inspirações no barroco e na França

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao trocar a choradeira sobre os problemas na economia pela reação, o setor calçadista passou a investir em três pilares: nichos de mercado, design arrojado e distribuição interna.
Essa foi a tendência apresentada no maior evento da indústria de couro no país, a Couromoda, que aconteceu na semana passada em São Paulo.
"Uma das soluções encontradas [pelo setor] foi o crescimento do mercado interno. A região Nordeste, por exemplo, teve o maior incremento no consumo, de 12%. Muitas pessoas de lá compraram mais calçados em 2006 do que o usual", destaca o presidente da Couromoda, Francisco Santos.
Para Paulo Santana, diretor de marketing da Azaléia, cada indústria está focalizando seus alvos estratégicos de mercado.
"Procuramos agora abastecer pequenas redes nacionais e lojas multimarcas. Aproveitamos ainda o interesse internacional pela moda brasileira."

Da terra de Napoleão
Com a aposta no conceito urbano, a marca Arezzo estima uma alta de 10% nas vendas. "Bolsas grandes e escarpins estão de volta. As cortes francesas de Maria Antonieta e Josefina inspiraram modelos superdecorados, com correntes douradas, cetins e camurças", comenta Anderson Birman, proprietário da grife.
Um dos destaques da feira foi a coleção da grife Claudina, que, por meio de calçados que valorizam o brilho, retrata uma mulher "poderosa". As linhas são ricas em detalhes -como fivelas inspiradas na arte barroca brasileira.
Para a estilista da marca Patrícia Maranhão, "bolsa e sapato devem estar em primeiro plano no visual e fazem a diferença no seu estilo". Veja, ao lado, algumas das novidades.


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