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Concorrentes e ausência de cultura de treinamento são barreiras para empresas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Negócios em treinamento
exigem poucos recursos se
comparados a outras áreas, como a de alimentação. Para cursos de educação profissional,
bastam salas de aula, computadores, internet e professores.
A simplicidade aparente dá
brechas para oportunistas
-gente que aproveita o calor do
momento para ganhar dinheiro
sem compromisso com qualidade- e prejudica o mercado.
Para driblar a eventual desconfiança, novas empresas podem obter certificações junto a
grandes do setor, sugere Marcos Hashimoto, do Insper. "Um
nome forte aumenta a visibilidade e a credibilidade", diz.
Certificações são comuns em
áreas como tecnologia -grandes empresas preparam parceiros menores para oferecer treinamento em seu nome.
Em mercados em que a prática não existe, vale participar de
rodadas de negociação ou se associar a instituições reconhecidas, indica Hashimoto.
Outro problema é a falta de
cultura de treinamento no país.
"Muitas empresas só pensam
em treinar funcionários quando as vendas caem", diz Renato
Romeo, da SaleSolution.
Em alguns segmentos, a qualificação é rara, como entre as
babás. Antoniele conta que,
muitas vezes, as faxineiras passam a exercer essa função como
ascensão profissional.
"Mas não há preparação, e
os patrões cobram como se
houvesse. Isso gera frustração
para os dois lados", ressalta.
É preciso considerar ainda o
desgaste que os treinamentos
geram nos profissionais. "Falar
para um público é extenuante.
No começo, eu ficava dois dias
sem voz", diz Romeo.
(JV)
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