São Paulo, domingo, 21 de março de 2010


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Concorrentes e ausência de cultura de treinamento são barreiras para empresas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Negócios em treinamento exigem poucos recursos se comparados a outras áreas, como a de alimentação. Para cursos de educação profissional, bastam salas de aula, computadores, internet e professores.
A simplicidade aparente dá brechas para oportunistas -gente que aproveita o calor do momento para ganhar dinheiro sem compromisso com qualidade- e prejudica o mercado.
Para driblar a eventual desconfiança, novas empresas podem obter certificações junto a grandes do setor, sugere Marcos Hashimoto, do Insper. "Um nome forte aumenta a visibilidade e a credibilidade", diz.
Certificações são comuns em áreas como tecnologia -grandes empresas preparam parceiros menores para oferecer treinamento em seu nome.
Em mercados em que a prática não existe, vale participar de rodadas de negociação ou se associar a instituições reconhecidas, indica Hashimoto.
Outro problema é a falta de cultura de treinamento no país. "Muitas empresas só pensam em treinar funcionários quando as vendas caem", diz Renato Romeo, da SaleSolution.
Em alguns segmentos, a qualificação é rara, como entre as babás. Antoniele conta que, muitas vezes, as faxineiras passam a exercer essa função como ascensão profissional.
"Mas não há preparação, e os patrões cobram como se houvesse. Isso gera frustração para os dois lados", ressalta.
É preciso considerar ainda o desgaste que os treinamentos geram nos profissionais. "Falar para um público é extenuante. No começo, eu ficava dois dias sem voz", diz Romeo. (JV)


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