São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011


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Empresários investem em loja temporária para crescer

'Pop-up store' atende a qualquer segmento; planejamento é de 3 a 4 meses

Carlos Cecconello/Folhapress
As empresárias Gabriela Saldanha (à esq.) e Mônica Kornfeld

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

Com a proximidade do verão e do final de ano, as "pop-up stores" (lojas temporárias) ganham cada vez mais adeptos -empresários que querem aproveitar locais badalados para expor a marca e vender.
O modelo chegou ao Brasil há cerca de seis anos e, segundo especialistas consultados pela Folha, tem como estratégia aliar a divulgação do negócio a vendas, e testar a receptividade de um produto no mercado em espaço que tem data para fechar.
Foi o que fez Ronald Heinrichs, 37, diretor da Meu Móvel de Madeira, loja virtual de móveis sustentáveis de design próprio. No início do verão de 2009, ele investiu R$ 50 mil em "pop-up" na praia de Jurerê, em Florianópolis.
Durante dois meses, as peças ficaram expostas em um espaço de 120 m˛. "Nossa estratégia é 100% digital, mas fizemos a loja para que as pessoas tivessem contato com os produtos", explica.

REPETECO
Em 2010, Heinrichs abriu uma segunda "pop-up" no mesmo local. O investimento de R$ 60 mil incluiu totens para compras virtuais. A ação, conta, ajudou a empresa a crescer: o número de funcionários dobrou de 15 para 30 e as vendas foram de 900 para 4.500 itens por mês.
A escolha pela alta temporada em uma praia que recebe turistas não foi por acaso, afirma o empreendedor.
No caso das sócias da loja Misturinha, Gabriela Saldanha, 38, e Mônica Kornfeld, 41, a opção por formar "pop-ups" nas altas temporadas de verão e inverno também não. "É o tempo de uma coleção [de roupa] nascer e morrer", afirma Saldanha.
O negócio, iniciado em 2005, era em formato de eventos de cinco a dez dias. Há um ano, foram para shoppings, onde ficam seis meses.
"É uma maneira diferente de entrar no mercado, com custo menor que o de uma loja fixa", compara Saldanha.
Em média, as empresárias investem R$ 55 mil em "pop-ups" em shopping. "O retorno depende das marcas", diz.
Empresas de qualquer segmento podem investir no modelo, que exige de três a quatro meses de planejamento, afirmam especialistas.
Mas, ressalva José Ricardo Scaroni, professor de marketing da ESPM-RJ (Escola Superior de Propaganda e Mar-keting), "é preciso fazer uma escolha do produto ou serviço" ofertado. Definir o foco em um item, avalia, facilita a elaboração da estratégia para atingir o consumidor.


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