São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002


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FRANCHISING

Pãozinho americano, sanduíche light e calzone são novidades

Empresas trazem idéias para fast food

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado de lanches rápidos, embora bastante concorrido, pode ainda ser explorado com alguns diferenciais. Pelo menos três franquias têm planos para entrar no mercado de São Paulo.
A rede de fast food catarinense Mini Kalzone é uma delas. "Queremos fazer parte do maior mercado do país. Dois terços dos shoppings do Brasil estão em São Paulo", diz Murilo Naspolini, dono da marca que já abriu 22 lojas, distribuídas em Santa Catarina, no Ceará e no Rio Grande do Sul.
O plano de expansão da franquia, que abre loja em Campinas (SP) em dezembro, é ter 30 unidades no Estado e uma fábrica para abastecê-las até o final de 2004.
Para aproveitar parte da demanda, no entanto, é preciso cercar-se de cuidados, dizem os consultores de franchising.
A área de fast food é muito concorrida, avaliam os especialistas. "As praças de alimentação são uma arena feroz de disputa. Para uma marca nova, é muito difícil entrar", alerta André Nudelman, da consultoria Inovation.

Pelo interior
Outra marca que está de olho no mercado paulista é a curitibana Engenheiro dos Sanduíches. A estratégia do dono, João Suckow Ribas, é começar pelo interior.
"As cidades têm um público com bom poder aquisitivo, muitos universitários, sob medida para o nosso produto." A proposta do empreendimento é vender sanduíches especiais, com menos gordura (veja quadro no alto).
Depois do interior, com a marca mais conhecida, ele quer abrir lojas também na capital.
Ribas faz coro com os consultores segundo os quais para ir bem na área, ainda mais num mercado competitivo, é preciso ter um rígido controle dos chamados custos variáveis: insumos e embalagens.
"Pode parecer fácil, mas esse é o tipo de negócio "barriga no balcão", com o dono no controle de tudo para que não haja desvio de produção ou desperdício", diz Marcelo Cherto, do Instituto Franchising.

Bagel
Produtos estrangeiros, como o bagel, pertencente a outra companhia catarinense, exigem esforço maior para emplacar.
O bagel (pronuncia-se beigol) -pãozinho típico da culinária americana em formato de rosca, que pode ser servido sozinho ou como base de sanduíches- será o carro-chefe da Mister Bagel, ainda sem lojas franqueadas.
Apesar de não ter feito nenhuma pesquisa de aceitação de paladar no mercado brasileiro, o criador da franquia, Bernard Bokoko, 60, considera suficientes os três anos em que a loja piloto Mister Bagel funcionou em Florianópolis para considerar que o produto pode "pegar" no Brasil.
Além do chamariz da novidade e do preço (R$ 1,50 o pãozinho de 110 g), o empresário aposta que o bagel tem outros apelos no mercado. "Ele é muito versátil, pode ser doce ou salgado e acompanhar café e refrigerante."
Antes, no entanto, de desembolsar os R$ 70 mil de capital inicial da Mister Bagel, os empresários interessados devem ouvir a opinião de consultores.
"Para quem gosta de aventura e é persistente pode ser uma boa opção", avisa Nudelman.
A cautela deve-se, principalmente, ao desconhecimento do produto. "Quem entra nesse mercado deve saber que vai ter de separar um bom dinheiro para divulgação", diz Paulo Ancona, da Vecchi & Ancona Consultoria.


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