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Qualidade é mantida sem crescimento
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Parece contraditório,
mas abrir mão do crescimento pode ser uma boa
estratégia para permitir o
fortalecimento da marca.
"Expandir é uma tentação forte, mas também
uma decisão estratégica
difícil", afirma João Carlos
Lazzarini, da ACNielsen.
Crescer pode gerar perda de controle sobre a qualidade, dependendo do tipo de tecnologia em uso.
Na produção de vinho,
por exemplo, o desenvolvimento de pipas metálicas permitiu que vinícolas
que investiram em produção artesanal ganhassem
escala preservando as características da bebida.
Há casos, no entanto,
em que crescer passa a ser
questão de sobrevivência.
"A Forno de Minas tinha
de continuar crescendo,
senão teria problemas.
Eles desenvolveram um
mercado que passou a
atrair uma concorrência
forte e agressiva, com
maior disponibilidade de
capital", pontua Lazzarini.
A fábrica de chocolates
Chocolat du Jour preferiu
abdicar da expansão. Conhecida entre o público de
maior poder aquisitivo pela sofisticação de seus produtos, a empresa vem recebendo propostas de
abertura de franquia, mas
descarta essa opção.
"Chegamos a três lojas
com um controle de qualidade e uma exclusividade
que só é possível manter
enquanto somos pequenos. Crescer seria virar um
outro negócio", diz a gerente Patrícia Landmann.
Se a exclusividade é um
atributo precioso à marca,
permanecer pequeno pode ser uma boa decisão,
afirma Paulo Sérgio Quartiermeister, da ESPM.
"Mas há modelos de franquia em que é possível
criar métodos de controle
de qualidade", finaliza.
(DB)
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