São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011


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"Mix" maior dribla sazonalidade

Novos produtos devem estar alinhados ao ramo de atuação e ao público-alvo da empresa

DE SÃO PAULO

Para não deixar o frio congelar negócios de verão na baixa temporada, uma saída é a ampliação do "mix" de produtos da empresa.
O empresário deve incluir artigos ou serviços que estejam alinhados ao ramo de atuação e ao público-alvo, indica André Friedheim, consultor da Francap, de desenvolvimento de rede de negócios e franchising.
Vale inserir produtos complementares como café, doces, livros ou acessórios, exemplifica o especialista.
A queda no faturamento, que chega a 50%, pode ser revertida com essas estratégias, segundo Friedheim.

GELADOS
Para Eduardo Weisberg, presidente da Abis (Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete), que representa um dos ramos mais atingidos pela sazonalidade, as sorveterias devem apostar em alimentos, a exemplo de lanches e bebidas quentes.
A combinação feita pelo sócio-diretor da Taperebá Sorvetes, Rogério Hamam, 39, no entanto, é mais inusitada. O empresário investiu na tapioca, produto de origem nordestina, para alavancar as vendas.
O alimento hoje é responsável por 22% do faturamento mensal da Taperebá e sustenta as vendas de inverno.
"Em vez de tomar sorvetes, os clientes comem tapioca. Isso segura o faturamento."
Ainda assim, a queda média de vendas no inverno é de 40%. "Em dias frios, vendemos R$ 400 por dia, já nos dias de sol o número aumenta para R$ 8.000", destaca.
Hamam já se prepara para mais uma investida. No próximo inverno, deve reforçar o cardápio com "cupcakes".

RISCO
A sazonalidade não foi impasse para Hemerson Rodrigues, 39, que investiu cerca de R$ 400 mil em uma unidade da Yogofresh, rede de franquias de "frozen yogurt", no Brooklin, em São Paulo.
Com previsão mensal de faturamento de R$ 60 mil a R$ 70 mil, ele espera que, no inverno, a queda não seja brusca. A franquia, além de incluir café no cartela de produtos, também implementou o serviço de entregas.
Para consultores, donos de lojas de rua devem estar mais atentos à atração de clientela. São elas que têm maior impacto no caixa quando varia a temperatura.


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