DO ENVIADO ESPECIAL

O desenvolvimento do país passa necessariamente pelo fomento à pequena empresa, que é a que gera mais empregos e produz riqueza local. Para que as pequenas saiam do sufoco, contudo, precisam de tratamento diferenciado. Essas são as opiniões de dois líderes do segmento, Ercílio Santinoni, 56, presidente do Monampe, e Hélio Cadore, 57, presidente da Abase. Confira a seguir os principais pontos de entrevista concedida por eles à Folha.
 

"LUA-DE-MEL" - "Acho que a "lua-de-mel" [com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva] continua ainda por mais um tempo. Há alguma medição de forças e, claro, posicionamentos nossos, mas, da parte do Monampe, vamos continuar negociando", afirma Santinoni.

REIVINDICAÇÕES - "A pequena empresa não quer esmola, quer tratamento diferenciado. A Constituição prevê: não podemos tratar pessoas desiguais igualmente", opina Cadore.

PRIORIDADES - "São prioritárias a correção das faixas de faturamento do Simples e a inclusão de benefícios para que as pequenas possam exportar, além do parcelamento de impostos", enumera Santinoni.

NOVA MP - "Hoje deve haver de 200 mil a 300 mil empresas com dívidas com o governo federal. Com essa nova medida provisória [reabertura do Refis] prometida, a situação deve melhorar", declara Santinoni.

PAPEL SOCIAL - "Só vamos resolver a questão social se colocarmos a pequena empresa como estratégica para o país. Mais do que gerar impostos, as pequenas geram empregos. De 1995 a 2000, 94% dos novos postos surgiram em empresas com até cem empregados. Precisamos trocar tributos por empregos", diz Cadore.


Texto Anterior: Empresariado propõe "agenda positiva"
Próximo Texto: Feiras: Março "inaugura" os eventos do ano
Índice