Estudo possibilita a criação de planos para capacitar mão de obra e desenvolver segmento

MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento da indústria gráfica brasileira teve crescimento nominal de 3,9% entre 2007 e 2008, chegando a R$ 23,1 bilhões no ano passado.
Os dados fazem parte do "Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil", feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica).
A indústria investiu 6,8% do faturamento de 2008 em novas máquinas e equipamentos, recursos humanos e instalações.
No ano passado, a utilização da capacidade instalada chegou a 80%. O índice é considerado um "bom nível" pelo estudo, semelhante ao de outros setores industriais, e indica que haverá continuidade no investimento.
Para definir perfil e dimensões do setor, foram feitas, numa primeira etapa, entrevistas por telefone com 9.766 empresas. Depois, 1.200 firmas foram visitadas e ouvidas. O estudo foi concluído em junho de 2009.
As firmas de micro e pequeno portes são 88% das empresas, mas responderam por 21% do faturamento em 2008 -dados que, segundo o estudo, justificam o desenvolvimento de ações específicas para o ramo.
Para Kelly Sanches, gerente-adjunta da unidade de atendimento coletivo-indústria do Sebrae, as informações possibilitam que os Sebraes estaduais e as Abigrafs regionais montem planos para o setor.

Dificuldades
Entre os problemas apontados pelas empresas estão a concorrência das gráficas informais e a ausência de mão de obra qualificada.
A rotatividade dos trabalhadores é de 37,9%, índice ligado à falta de capacitação, diz Sanches. Parcerias com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) visarão à melhora da qualificação.


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