São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2007 |
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LOJAS CONCEITO Lojas que servem de referência são realidade em áreas como perfumaria e alimentação Modelo já é moda fora do vestuário
MARIA CAROLINA NOMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A loja conceito, consagrada no vestuário, ganhou adeptos em ramos como ferramentaria, alimentação e perfumaria. Com o objetivo de oferecer ao consumidor uma experiência que ultrapassa a simples aquisição de produtos, os estabelecimentos abusam da interatividade e da inovação, sem deixar a especialidade de lado. A Santa Maria Novella, loja conceito de perfumes, por exemplo, dispõe de um curso periódico sobre a história das fragrâncias para os clientes. A perfumaria, que assume a forma de uma farmácia antiga, com móveis e lustres de antiquários, é inspirada na Santa Maria Novella original, criada no século 13, em Florença. Com um investimento de R$ 1,8 milhão e um ano e meio de negociação, o empresário Rodrigo Mascarerri, 35, trouxe a marca para o Brasil em 2006. "Nosso forte é a história. A fórmula dos perfumes tem mais de 500 anos", relata. Novas combinações e apresentação diferenciada do produto foram as apostas da Nespresso, loja conceito de cafés. Inaugurado no fim de 2006, o estabelecimento tem ambientes de butique e de bar, além da possibilidade de o cliente degustar as iguarias, compiladas em cápsulas coloridas. "A loja coloca o café no nível gourmet que o produto merece", diz Martin Pereyra Rozas, diretor da Nespresso Brasil. Os clientes também aprendem a manusear as máquinas de expresso e podem adquirir os acessórios em exposição. Franquia Mas não só marcas internacionais investem nesse tipo de empreendimento. Com 57 lojas no Brasil, a franqueadora Multicoisas prepara-se agora para inaugurar sua primeira loja do tipo, na próxima sexta-feira. Os objetivos são reforçar a marca e reposicioná-la no mercado, explica Luis Henrique Stockler, 42, diretor de marketing e expansão da Multicoisas. Na nova loja, de 450 m2, o franqueado Régis Carvalho, 45, investiu R$ 1,2 milhão -30% bancado pela franqueadora. "Conseguimos parcerias com fornecedores. Agora, o cliente poderá testar os produtos e interagir com eles", diz. A expectativa de retorno financeiro, contudo, é vista com restrição pelo franqueado. "O trabalho será dobrado e sei que o faturamento demorará a chegar", pontua. Para o diretor de marketing da ABF (Associação Brasileira de Franchising), André Friedheim, 37, a loja conceito deve estar um passo à frente das tradicionais. "Seu foco é valorizar o produto", conclui. Próximo Texto: Lojas conceito: Perfil de empresário define sucesso Índice |
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