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LOJAS CONCEITO
Atualização de tendências deve ser constante; estabelecimento deve mostrar dinamismo
Perfil de empresário define sucesso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma grande idéia pode ser o
coração de uma loja conceito.
Concretizá-la, contudo, requer
plano de negócios e investimento permanente em pesquisa e atualização de tendências.
Para a consultora de moda e
estilo Helena Montarini, é importante que, além de inspiração, o empresário tenha perfil
certo para tocar o negócio.
"Ele deve ser uma pessoa que
goste do que faz, busque as últimas novidades e as traga imediatamente para a loja. O cliente deve notar esse movimento."
Para estar sempre atual, a
Clube Chocolate, uma das primeiras lojas conceito de São
Paulo, dispõe de um departamento interno de merchandising visual. "Temos o que há de
mais moderno", diz Patsy Scarpa, relações-públicas da loja.
Já na Closet 667, de acessórios, a própria dona, Carol Bertoni, viaja atrás de novidades:
"Vou sempre à Europa".
A empresária diz que chega a
mudar a disposição dos produtos duas vezes por semana.
"O cliente só vê alguns objetos
depois que os mudo de lugar."
Além da mutação das prateleiras, a professora e coordenadora do curso de design da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Nara Martins, 43, diz
que o espaço deve oferecer interatividade. "Na Nike de Nova
York, o cliente pode fazer seu
próprio tênis", exemplifica.
A arquitetura é outro elemento que deve ser notado na
loja conceito. A Galeria Melissa, por exemplo, tem um hall de
entrada amplo e um objeto em
forma de diamante gigante.
Para o arquiteto Júlio Takano, 42, especialista em projetos
para varejo, a apresentação da
loja, bem como a de sua vitrine,
é o fator que mais influencia a
decisão de compra.
Takano acrescenta que, mesmo conceito, a loja não pode
deixar de traçar um plano diretor para que tenha sucesso.
"Qualquer estabelecimento
precisa de um conjunto básico
de sistemas de tecnologia da
informação e de crédito e de
um "mix" de produtos adequados ao perfil dos consumidores", enfatiza Takano.
Pesquisas de mercado e de
público-alvo também são ferramentas que ajudam o empresário a traçar o rumo do negócio.
Mas, para quem não tem dinheiro para investir em teoria,
Nelson Barrizzelli, professor da
FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), especialista na área
de varejo, pondera que o empresário, quando tem uma boa
idéia, deve seguir sua intuição.
"Mas tem de conversar com
quem tem experiência, visitar o
local onde será o ponto e procurar se informar o máximo possível. E vai correr o risco."
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