São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2007


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LOJAS CONCEITO

Atualização de tendências deve ser constante; estabelecimento deve mostrar dinamismo

Perfil de empresário define sucesso

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Uma grande idéia pode ser o coração de uma loja conceito. Concretizá-la, contudo, requer plano de negócios e investimento permanente em pesquisa e atualização de tendências.
Para a consultora de moda e estilo Helena Montarini, é importante que, além de inspiração, o empresário tenha perfil certo para tocar o negócio.
"Ele deve ser uma pessoa que goste do que faz, busque as últimas novidades e as traga imediatamente para a loja. O cliente deve notar esse movimento."
Para estar sempre atual, a Clube Chocolate, uma das primeiras lojas conceito de São Paulo, dispõe de um departamento interno de merchandising visual. "Temos o que há de mais moderno", diz Patsy Scarpa, relações-públicas da loja.
Já na Closet 667, de acessórios, a própria dona, Carol Bertoni, viaja atrás de novidades: "Vou sempre à Europa".
A empresária diz que chega a mudar a disposição dos produtos duas vezes por semana. "O cliente só vê alguns objetos depois que os mudo de lugar."
Além da mutação das prateleiras, a professora e coordenadora do curso de design da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Nara Martins, 43, diz que o espaço deve oferecer interatividade. "Na Nike de Nova York, o cliente pode fazer seu próprio tênis", exemplifica.
A arquitetura é outro elemento que deve ser notado na loja conceito. A Galeria Melissa, por exemplo, tem um hall de entrada amplo e um objeto em forma de diamante gigante.
Para o arquiteto Júlio Takano, 42, especialista em projetos para varejo, a apresentação da loja, bem como a de sua vitrine, é o fator que mais influencia a decisão de compra.
Takano acrescenta que, mesmo conceito, a loja não pode deixar de traçar um plano diretor para que tenha sucesso.
"Qualquer estabelecimento precisa de um conjunto básico de sistemas de tecnologia da informação e de crédito e de um "mix" de produtos adequados ao perfil dos consumidores", enfatiza Takano.
Pesquisas de mercado e de público-alvo também são ferramentas que ajudam o empresário a traçar o rumo do negócio.
Mas, para quem não tem dinheiro para investir em teoria, Nelson Barrizzelli, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), especialista na área de varejo, pondera que o empresário, quando tem uma boa idéia, deve seguir sua intuição.
"Mas tem de conversar com quem tem experiência, visitar o local onde será o ponto e procurar se informar o máximo possível. E vai correr o risco."


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