São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011


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FRANCHISING

Modelo sem ponto atrai empresários

Investimento inicial abaixo de R$ 50 mil e gasto fixo menor são chamarizes de microfranquia "home-based"

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

Em 2010, 212 novas redes de franquia chegaram ao mercado brasileiro -aumento de 12,9% em relação ao ano anterior. As microfranquias, que exigem investimento abaixo de R$ 50 mil, foram pivôs do crescimento, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
Uma das características de algumas delas -e que ajuda a reduzir os custos- é a ausência de ponto comercial, diz Artur Hipólito, diretor de microfranquias da ABF. São as chamadas "home-based".
Com gastos menores com aluguel, água, luz e funcionários, a tendência é que esse modelo atinja um público maior, impulsionando ainda mais o setor, segundo ele.
Hipólito é presidente do grupo Zaiom, que possui cinco redes "home-based" nos segmentos de educação, serviços domésticos, saúde e informática. Outras duas serão lançadas em junho de 2011.
O empresário Edson Ramuth também decidiu investir nessa área. Lançou, neste ano, duas redes que dispensam ponto: Auto Spa Express, de lavagem de carros, e Light Depil, de depilação.
O investimento e o retorno variam. Na Auto Spa Express -mais barata entre as cadastradas na ABF-, por exemplo, o aporte necessário varia de R$ 1.500 a R$ 2.000. O lucro chega a R$ 6.000 por mês. Apesar de o valor do investimento ser menor, o empreendedor deve ter cautela ao escolher esse modelo, indicam especialistas.
Para o diretor-executivo da ABF, Ricardo Camargo, o risco é inversamente proporcional ao tamanho da franquia. "As menores, "home-based", são mais perigosas, pois têm menos estrutura para se manter", afirma.
"Na microfranquia, o franqueado tem de estar à frente do negócio. É um trabalho", diz Artur Hipólito, do Zaiom.
Após três anos dedicando as noites e os fins de semana a uma franquia da Genial Books, de livros infantis personalizados, a administradora Ana Lessa, 41, pediu demissão do emprego de "controller" em julho de 2010.
"Poderia prospectar mais clientes e ficar em situação viável [só com a franquia]."


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