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MARCAS REGISTRADAS
"Rebelde" é a aposta do momento
Novela mexicana surpreende e vira uma mas maiores promessas a empresários brasileiros
Renato Stockler/Folha Imagem
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Personagens da novela mexicana "Rebelde" viram bonecas da empresa Acalanto/Baby Brink |
DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK
DA REPORTAGEM LOCAL
Um misto de música pop com
situações corriqueiras vividas
por jovens faz de "Rebelde", série mexicana exibida pelo SBT,
um fenômeno de audiência e de
venda de produtos licenciados.
A marca foi um dos destaques
apresentados na Feira de Licenciamento de Nova York.
Embora a trama aborde temas já explorados por outras
produtoras, não faltam razões
que expliquem seu sucesso.
"Acredito que a "sacada" da
banda de música na novela e a
presença de empresas como
EMI, Televisa e SBT tenham
feito a diferença", opina David
Diesendruck, da Redibra, representante que detém os direitos da marca no país.
A Redibra fechou contrato
com 30 indústrias dos segmentos de brinquedos, confecções,
higiene pessoal, material escolar e calçados. Alguns produtos
já estão no mercado e outros
vão ser lançados em breve.
Ainda estão abertos para negociar os segmentos de alimentos, cosméticos e promoções.
Os royalties vão de 5% a 10%.
Outro fato inesperado que
revela o sucesso da marca foi a
aceitação do público infantil,
que não estava entre os públicos-alvo, de jovens e adultos.
"Fizemos uma pesquisa com
pontos-de-venda e atacadistas
e soubemos que o produto já
estava sendo procurado", conta
Gustavo Bacchi, gerente de
marketing do grupo Riclan, fabricante de balas e chicletes
que licenciou a propriedade.
Hoje, "Rebelde" representa
80% da produção de chicletes
da empresa, que também detém marcas como "Barbie",
"Hot Wheels" e "Superman".
Nos dois primeiros meses de
vendas, já foi comercializado
1,2 milhão de unidades.
Outros números no país também impressionam: a EMI vendeu 1,5 milhão de CDs, a Panini
colocou nas bancas 20 milhões
de envelopes de figurinhas e a
editora On Line publicou mais
de 10 milhões de revistas.
O que muitos empresários ficaram sabendo agora, na feira
de licenciamento, o superintendente comercial da firma
Acalanto/Baby Brink, Audir
Giovani, conhecia de antemão.
A empresa detém a licença de
uso da marca e, há dois meses,
fabrica bonecas de três personagens -Roberta, Mia e Lupita- do sexteto mexicano RBD.
"Rebelde será o maior estouro que conheço", diz Giovani.
Para exemplificar o impacto
nas vendas, o executivo compara a marca à personagem principal da novela "Chiquititas",
Mili, sucesso no fim dos anos
1990. A firma apostou em uma
boneca da protagonista, que
chegou a vender 400 mil peças.
"Para "Rebelde", espero comercializar 500 mil bonecas", prevê Giovani. "É histórico."
As estimativas valem só até o
fim do ano, quando acaba o
contrato de exibição do SBT
com o canal mexicano Televisa.
Se houver prorrogação do
programa para 2007, os números de quem licenciou a marca
devem ser redimensionados.
Caso contrário, diz Giovani, "as
vendas se esgotam em 15 dias
após o fim da série".
(RM E RB)
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