São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006


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MARCAS REGISTRADAS

"Rebelde" é a aposta do momento

Novela mexicana surpreende e vira uma mas maiores promessas a empresários brasileiros

Renato Stockler/Folha Imagem
Personagens da novela mexicana "Rebelde" viram bonecas da empresa Acalanto/Baby Brink


DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK
DA REPORTAGEM LOCAL

Um misto de música pop com situações corriqueiras vividas por jovens faz de "Rebelde", série mexicana exibida pelo SBT, um fenômeno de audiência e de venda de produtos licenciados. A marca foi um dos destaques apresentados na Feira de Licenciamento de Nova York.
Embora a trama aborde temas já explorados por outras produtoras, não faltam razões que expliquem seu sucesso.
"Acredito que a "sacada" da banda de música na novela e a presença de empresas como EMI, Televisa e SBT tenham feito a diferença", opina David Diesendruck, da Redibra, representante que detém os direitos da marca no país.
A Redibra fechou contrato com 30 indústrias dos segmentos de brinquedos, confecções, higiene pessoal, material escolar e calçados. Alguns produtos já estão no mercado e outros vão ser lançados em breve.
Ainda estão abertos para negociar os segmentos de alimentos, cosméticos e promoções. Os royalties vão de 5% a 10%.
Outro fato inesperado que revela o sucesso da marca foi a aceitação do público infantil, que não estava entre os públicos-alvo, de jovens e adultos.
"Fizemos uma pesquisa com pontos-de-venda e atacadistas e soubemos que o produto já estava sendo procurado", conta Gustavo Bacchi, gerente de marketing do grupo Riclan, fabricante de balas e chicletes que licenciou a propriedade.
Hoje, "Rebelde" representa 80% da produção de chicletes da empresa, que também detém marcas como "Barbie", "Hot Wheels" e "Superman". Nos dois primeiros meses de vendas, já foi comercializado 1,2 milhão de unidades.
Outros números no país também impressionam: a EMI vendeu 1,5 milhão de CDs, a Panini colocou nas bancas 20 milhões de envelopes de figurinhas e a editora On Line publicou mais de 10 milhões de revistas.
O que muitos empresários ficaram sabendo agora, na feira de licenciamento, o superintendente comercial da firma Acalanto/Baby Brink, Audir Giovani, conhecia de antemão.
A empresa detém a licença de uso da marca e, há dois meses, fabrica bonecas de três personagens -Roberta, Mia e Lupita- do sexteto mexicano RBD.
"Rebelde será o maior estouro que conheço", diz Giovani.
Para exemplificar o impacto nas vendas, o executivo compara a marca à personagem principal da novela "Chiquititas", Mili, sucesso no fim dos anos 1990. A firma apostou em uma boneca da protagonista, que chegou a vender 400 mil peças. "Para "Rebelde", espero comercializar 500 mil bonecas", prevê Giovani. "É histórico."
As estimativas valem só até o fim do ano, quando acaba o contrato de exibição do SBT com o canal mexicano Televisa.
Se houver prorrogação do programa para 2007, os números de quem licenciou a marca devem ser redimensionados. Caso contrário, diz Giovani, "as vendas se esgotam em 15 dias após o fim da série". (RM E RB)


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