São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010


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Economia incentiva volta de marcas ao mercado

Companhias que deixaram o país ou reduziram operações retomam atividades e buscam expansão com oportunidades a micro e pequenas empresas

Guilherme Pupo/Folhapress
Roberta Damasceno em loja da Subway em Curitiba (PR)

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

O bom ambiente econômico brasileiro favorece a retomada de empresas que haviam se retirado do mercado ou reduzido suas operações.
Marcas como Pakalolo, Forno de Minas, Domino's e KFC são exemplos do movimento de retomada das operações e fazem planos para crescer com o suporte de micro e pequenas empresas.
Como ponto positivo, têm a experiência. "As empresas retornam [ao mercado] com um aprendizado", pontua Claudia Bittencourt, diretora da Bittencourt Consultoria, especializada em franquias.
Denis Santini, professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócio da MD Comunicação, concorda: "É a principal vantagem dessas empresas".
Um caso que evidencia isso é o da rede de fast food Subway, que chegou ao Brasil em 1993, sem obter sucesso na primeira investida.
No fim dos anos 1990, alcançou 38 pontos. Em 2002, no entanto, eram apenas dois -um no Rio de Janeiro e outro em Salvador.
O novo rumo veio em 2003, com a mudança de estratégia. Hoje são 450 lojas em 150 cidades. "Não éramos conhecidos, a operação tinha custos altos e a conjuntura econômica não ajudou", justifica a gerente de operações da empresa, Roberta Damasceno, 35.

CULTURA LOCAL
Atualmente, contrapõe, o Brasil se transformou no terceiro país que mais cresce em número de lojas da rede.
Na avaliação de Roberto Gonzalez, professor de governança corporativa da Trevisan Escola de Negócios, nesses casos é fundamental observar a cultura local.
No caso da Subway, diz, nos anos 1990, o brasileiro não estava acostumado a montar seu próprio lanche.
"Agora ele consome mais."
Outro ponto a destacar é o surgimento de candidatos a empresários e franqueados.
"O fortalecimento da classe média amplia o número de pessoas que querem investir", assinala Pedro Zanni, professor de estratégia empresarial da BSP (Business School São Paulo).


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