São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010


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"Nova velha" empresa exige cautela

Planejamento e boas parcerias são fundamentais, dizem consultores

DE SÃO PAULO

Para quem se empolga com a ideia de investir em uma marca que alcançou o auge e depois desapareceu, um aviso: todo cuidado nessas situações é pouco, aconselham consultores de negócios ouvidos pela Folha.
O primeiro passo é analisar os produtos, verificando sua receptividade, e o público consumidor atual -que pode ser diferente do antigo.
É necessário ainda que a "nova velha empresa" tenha flexibilidade. "As estrangeiras, por exemplo, precisam se adequar à cultura local", afirma Roberto Gonzalez, da Trevisan Escola de Negócios.
Para isso, uma tática é aliar-se a uma rede que conheça o mercado nacional.
Denis Santini, da ESPM, menciona o caso da rede norte-americana de fast food KFC, que desde 2007 é gerida pela BFFC (Brazil Fast Food Corporation), dona do Bob's.
A marca não caiu no gosto nacional na primeira investida, nos anos 1990. No início dos anos 2000, voltou, mas apenas no Rio de Janeiro. No ano passado, abriu uma unidade em Osasco, na Grande São Paulo, e agora estuda expandir-se via franchising.
Essa estratégia, de voltar por outras praças que não a principal na primeira investida, é recorrente entre quem deseja retornar ao mercado.
Foi o que fez a Subway, que deixou Rio de Janeiro e São Paulo para um segundo momento em sua expansão.
A empresa recomeçou por Salvador, onde ficava uma das duas lojas remanescentes da primeira investida.
"Exploramos primeiro o Nordeste, o Centro-Oeste e o Sul, e só depois viemos para o eixo Rio-São Paulo", explica Roberta Damasceno, gerente de operações da rede.

CAUTELA
O retorno ao mercado, também é marcado por mais cautela em relação à primeira tentativa. "As empresas se estruturam para oferecer condições melhores aos investidores", destaca Santini.
A Pakalolo, que vai expandir-se por meio de franquias, por exemplo, diz ter uma lista de candidatos a empreendedores (leia mais ao lado).
"Mas precisamos ajustar alguns detalhes na operação e na comunicação antes de crescer", confirma Roberto Keiber, 43, diretor-executivo da Marisol, empresa responsável pela marca desde 2005.


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