São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011


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Pequenos empreendedores abrem escritórios na China

Objetivo é firmar parceria com fornecedores e negociar meios de pagamento

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Para fortalecer laços comerciais com a China e importar peças de última geração, Aldo da Silva Neves, 65, vice-diretor geral da CMH, pequena fabricante de empilhadeiras, decidiu optar por um caminho longo, mas que considera promissor a longo prazo: abrir filial naquele país.
"Negociar preços e facilidades de pagamento é mais fácil quando o empresário trata os assuntos diretamente no país dos fornecedores", argumenta o empreendedor de Campinas (93 km de São Paulo), que está em processo de abertura de escritório na China em andamento.
Levantamento feito pelo CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China) a pedido da Folha mostra que hoje há 35 empresas brasileiras com unidade na China -23 delas de médio e pequeno portes.
Mais da metade dos pequenos empresários, como Neves, opta por escritórios de representação para prospectar fornecedores e negociar preços, destaca Tang Wei, diretor-geral da CBCDE (Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico).
O escritório de representação, explica, "é uma ponte de negócios entre a filial chinesa e a sede brasileira".

SEM INVESTIMENTO
O modelo não estabelece capital social de investimento, mas só permite ao empresário desenvolver estudos de mercado e firmar parcerias. Transação e faturamento devem ser feitos na sede.
Para contratar funcionários chineses -prática só permitida para cargos de liderança-, é necessário recorrer a agências de emprego do governo local. Empregados brasileiros, por sua vez, devem ter visto de trabalho.
"A principal vantagem [do escritório de representação] está na simplicidade de gestão do negócio", ressalta Wei.
Os demais tipos de empresa, como o "joint venture", requerem capital misto (estrangeiro e chinês) e investimento inicial de ao menos US$ 4.500 (R$ 8.273).


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