São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011 |
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Fornecedor é inflexível em exigências Requisito de entrada no ato da compra prejudica os pequenos empresários
DE SÃO PAULO A cultura dos chineses, tida como fechada pelos ocidentais e marcada pelo controle da república de partido único, reflete-se também nos negócios, segundo especialistas em comércio exterior e relações internacionais consultados pela Folha. Flexibilidade no pagamento não é costume dos chineses, destaca o advogado Reinaldo Ma, do escritório brasileiro Felsberg e Associados. "Para comprar um produto, o empresário, na maioria das vezes, deve dar um terço do valor à vista." A exigência de dinheiro no ato é a dificuldade encontrada por Sérgio Barbosa Júnior, 43, dono da SPA Turbo, de componentes para carros, para adquirir peças de fornecedores chineses. "Nenhum dos meus parceiros orientais negocia sem entrada no ato." Para ter mais poder de barganha, afirma, Júnior reserva dinheiro "vivo" para as compras. Recentemente contratou um profissional chinês para estreitar relações com fornecedores. "Vai me ajudar na comunicação", frisa o empreendedor, que planeja abrir empresa na China em 2012. Outro cuidado necessário é com a qualidade dos produtos vendidos naquele país, ressalta Marcus de Freitas, professor de relações internacionais da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). "Há várias opções de qualidade e preço", avalia. Para não errar nas escolhas, é necessário fazer pesquisa de mercado e consultar outros empresários. Diferentemente do que se costuma pensar, ressalta Freitas, "nem tudo o que é feito na China é de má qualidade". "Os fabricantes de peças e máquinas detêm tecnologia de ponta, mas repassam isso aos preços para proteger o mercado interno."
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