FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cada três dias trabalhados significam um dia a menos na prisão. Essa é a conta que não sai da cabeça de Djalma Afonso Vieira, 37, preso em regime fechado que trabalha na fabricação de arruelas em uma empresa instalada na penitenciária José Parada Neto.
Quando um empresário cria uma vaga de trabalho para um detento, ele também oferece a chance de o preso conquistar mais rapidamente a liberdade. Esse é o instituto da remição, estratégia inteligente que premia o esforço de recuperação dos que cometeram delitos.
Para Vieira, que sabe de cor as palavras da lei, é só um jeito de se aproximar do dia de retomar o negócio -uma "casa do norte", de venda de artigos do Nordeste- e retornar ao convívio da mulher e da filha.
A chance também ajuda a deixar mais distante o roubo de carga que o levou à prisão. "Valorizo o que estou conquistando. Não faria de novo." (BL)

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