São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010


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MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

DILMA
Dilma propõe ampliar a adesão ao MEI (Microempreendedor Individual).
Para isso, a estratégia elaborada é aumentar a divulgação do MEI e promover -em conjunto com os governos estaduais e algumas entidades parceiras- campanhas de sensibilização de empreendedores sobre benefícios do programa.
A candidata se propôs a facilitar o processo de cadastro e a adesão ao sistema.
Nas respostas enviadas à Folha, a candidata petista não cita outras propostas em relação ao MEI.
Porém, em maio deste ano propôs a criação de um ministério para micro e pequenas empresas. A referência ao novo órgão não faz parte de seu plano de governo.

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
A resposta aponta um acerto do governo -a criação do programa-, mas não responde o que pretende fazer para conseguir mais formalizações. Ainda há dificuldades para quem quer abrir uma empresa

"O Brasil ainda é conhecido como um dos países onde é mais difícil abrir uma empresa"
VLADIMIR PONCZEK
professor da FGV-SP


SERRA
O candidato tucano avalia que o MEI não teve forte adesão por falta de articulação entre a Receita Federal, os Estados e os municípios.
Serra propõe criar convênios entre as três instâncias para dinamizar a relação entre os níveis de governo e facilitar o acesso ao programa.
O convênio citado na resposta do candidato à Folha seria feito, segundo ele, com a colaboração do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa).
Serra elogia o programa e diz ser necessário "transformar a lei em adesão social". Em sua página na internet, o candidato se compromete a dar atenção a empreendedores exportadores, "com o objetivo de tornar seus produtos mais competitivos".

ANÁLISE DE ESPECIALISTAS
Esta proposta teve foco, majoritariamente, nos problemas enfrentados pelo sistema. A única solução apresentada foi a ampliação do acesso à informação, mas não foi apontado um caminho para a melhora do cenário

"É verdade que falta articulação entre os diversos órgãos e níveis de governo, mas nada foi dito sobre como mudá-la"
ANTONIO CARLOS BORGES
diretor-executivo da Fecomercio


MARINA
A candidata propõe ampliar o microcrédito para que microemprendedores individuais possam criar melhores estruturas para gerir e expandir seus negócios.
Outra iniciativa defendida pela senadora licenciada é a criação de um sistema nacional de economia solidária.
O sistema seria fomentado por bancos solidários, cooperativas e associações, bem como de clubes de trocas e de incubadoras de empreendimentos solidários e de tecnologias sociais.
Um dos instrumentos para viabilizar essas iniciativas são "espaços articuladores da economia solidária", a exemplo de secretarias e conselhos, "nas três esferas da Federação -municipal, estadual e nacional".

ANÁLISE DE ESPECIALISTAS
A resposta não fala do MEI, mas identifica os problemas do microempresário. Ela sinaliza a criação de um sistema nacional de economia solidária, mas não explica o que ele significa ou como deve funcionar

"Do ponto de vista estrutural, é preciso educar as pessoas para se ter bons empreendedores"
VLADIMIR PONCZEK
professor da FGV-SP


PLÍNIO
O candidato do PSOL diz não acreditar no empreendedorismo. Segundo ele, incentivá-lo é uma maneira de mascarar a ausência de oportunidades de emprego.
"Isso é uma falácia, porque o desemprego estrutural é produto do atual modelo econômico, e não da incompetência dos seres humanos", assinala Plínio.
O avanço tecnológico tornou-se instrumento para reduzir postos de trabalho, diz, "mas o trabalhador é culpabilizado pelo desemprego".
A proposta do partido é tentar estabelecer uma organização da produção "que permita ao trabalhador aplicar ao máximo suas potencialidades no trabalho, sem que tenha de abrir mão da sua vida".

ANÁLISE DE ESPECIALISTAS
A pergunta não foi respondida, apenas foram feitas críticas ao sistema capitalista. O microempreendimento é responsável por grande parte do crescimento e da inovação produzida em países em desenvolvimento

"Principalmente em países em desenvolvimento, grandes inovações e muitos empregos vêm do microempreendedor"
VLADIMIR PONCZEK
professor da FGV-SP



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