São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011


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Sem ponte, produção não pode ser escoada

DO ENVIADO ESPECIAL

Quem não teve a produção agrícola destruída pelas águas nem pela falta de luz que impediu a irrigação das plantações que restaram agora vê as hortaliças estragando com a impossibilidade de escoar a produção.
A enchente em Teresópolis destruiu 42 pontes que ligavam a área rural da cidade à BR-393, que une o Rio de Janeiro à Bahia, principal eixo de escoamento da produção de agricultores familiares, responsáveis por 70% da produção agrícola da cidade.
Pontes improvisadas permitem a travessia de pessoas e motocicletas, mas são frágeis demais para a passagem de caminhões -impedindo o escoamento das hortaliças, carro-chefe da região.
Derli Reis de Oliveira, 58, perdeu parte da produção de coentro e brócolis. O que o agricultor conseguiu salvar da lavoura é obrigado a levar até a estrada, em um carrinho de mão, para abastecer caminhões de comerciantes.
"A gente não consegue levar tudo para os caminhões, porque não dá tempo. Às 4h, já estamos descendo com o carrinho de mão, mas ainda assim não conseguimos encher o caminhão como quando ele chegava até o nosso terreno", reclama Oliveira.
As terras próximas ao rio, às quais o acesso não necessita de pontes, estão inutilizáveis. Foram tomadas pela areia, que é incultivável.


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