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CINEMA DITA APOSTAS DE LICENCIADORES
Setor de licenciamento aposta na exposição de personagens como Homem-Aranha e Shrek nos cinemas
"Heróis" alavancam venda de brinquedos
ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Bob Esponja, Garfield, Homem-Aranha, Scooby-Doo, Shrek e os
personagens da Turma da Mônica estrelam longas-metragens que
chegam às telonas no decorrer do
ano. E, justamente por isso, são
também as grandes estrelas da
Feira Nacional de Brinquedos,
que começa nesta terça-feira, no
Expo Center Norte, em São Paulo.
A notícia esquenta o setor de licenciamento, já que personagens
do cinema, em geral, alavancam
as vendas de uma linha inteira de
produtos, "especialmente quando são clássicos", ressalta Denis
Barba, gerente de produtos da
Maritel. Fabricante de bonecos da
Disney, da Warner e de Mauricio
de Sousa, a empresa aposta em
"Shrek 2", que tem estréia prevista para 18 de junho.
Mas nem sempre o lucro é certo,
pondera Paulo Benzatti, gerente
de vendas da Gulliver, que importa bonecos e acessórios. Ele cita
como exemplo as fracas vendas
dos produtos ancorados no fortão
Hulk, no ano passado. O motivo,
explica, teria sido a proibição do
filme para menores de 14 anos.
Neste ano, o investimento será no
"Homem-Aranha 2".
Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira das Indústrias de Brinquedo), afirma que, hoje, 60% dos
brinquedos estão associados a licenças. Durante a feira, 150 expositores vão mostrar cerca de 1.200
lançamentos. O setor estima um
crescimento de 6% em 2004, que,
se for alcançado, significará um
faturamento de R$ 950 milhões.
E não há espaço só para grandes
no setor. Segundo Wanira Salles,
gerente de negócios da Francal,
organizadora da feira, houve um
aumento de cerca de 10% na participação de pequenos.
A pequena La Toy começou
com 16 funcionários, em 1995, fabricando bonecos de látex. "Em
1999, tivemos um aumento de
40% na produção depois de fechar o primeiro contrato de licenciamento com os personagens da
Turma da Xuxinha", conta
Eduardo Brito, gerente comercial.
Com 94 funcionários, a empresa
trabalha com outras três marcas e
produz 220 mil bonecos por mês.
A mesma sorte não teve a empresa Yama de Cosméticos quando fechou uma parceria com o
apresentador Gugu Liberato, há
três anos. ""Tínhamos de vender 1
milhão de sabonetes durante o
ano para cumprir o contrato.
Vendemos cerca de 200 mil e arcamos com o prejuízo", diz Paulo
Yamamora, diretor de marketing.
A exibição na TV dos desenhos
do dinossauro Barney e dos Cavaleiros do Zodíaco dá fôlego ao licenciamento desses personagens.
"Estar na TV aberta aumenta o
número de espectadores e fãs, o
que facilita a venda do personagem para a indústria", diz Ana
Kasmanas, diretora comercial da
Exim/Character.
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