|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
gestão
Ter estacionamento pede cálculo de custo
Comerciantes dizem lucrar após implementação
TAÍS LAPORTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Oferecer estacionamento
exclusivo é uma estratégia de
comerciantes para oferecer
conveniências e atrair clientes.
Mas o empresário que vai
disponibilizar as vagas deve
levar em conta a localização do
negócio, o perfil do freguês e o
custo da reforma.
"Lojas com maior movimento de pedestres recebem menos
motoristas do que mercados
em bairros residenciais",
exemplifica o consultor do
Sebrae-SP (Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) Paulo Melchor.
Seja para reformar o estabelecimento, seja para adaptar espaço para vagas, o comerciante
deve obter alvará da prefeitura.
O engenheiro civil Flávio Figueiredo recomenda contratar
um profissional habituado com
o Código de Obras e Edificações para pedir a autorização.
O custo médio para pavimentar um estacionamento descoberto é de R$ 100 por m2, calcula o engenheiro Eduardo Martins Verdade, que projeta vagas
para lojas e supermercados. Já
o investimento em áreas cobertas aumenta para R$ 600 o m2.
"O bloco de concreto ganha
na estética e na praticidade da
manutenção, mas o asfalto é o
material de revestimento mais
barato e resistente", sugere.
No planejamento, também
conta a escolha pelo serviço de
manobrista, terceirizado ou
não. A vantagem de oferecer
manobrista, além da comodidade, é dispor de mais vagas,
lembra Verdade. "A lei permite
ocupar os corredores de acesso
se houver o serviço."
É preciso ainda garantir a segurança. "O dono do estabelecimento é responsável por roubos ou colisões, tanto que o seguro será obrigatório quando
houver mais de 50 vagas", esclarece o consultor Melchor.
Ganhos
Comerciantes que fizeram
estacionamento comemoram a
alta na circulação de clientes.
Há cinco anos, a panificadora
Amarante, na Vila Mariana,
reduziu sua área interna para
criar dez vagas em frente ao estabelecimento. "O movimento
cresceu pelo menos um terço
após a reforma", conta o gerente Ramon Silva Ribeiro, 23.
O dono do Esfiha Imigrantes,
Jorge Bezerra de Melo, 46, diz
ter percebido aumento de 50%
na clientela após reservar 45
lugares para automóveis em
um terreno que comprou atrás
do estabelecimento.
"Teria dificuldades se não
oferecesse as vagas", avalia o
empresário, que paga funcionários para vigiar o local e mantém convênio com estacionamentos próximos para comportar o movimento extra.
A parceria é comum onde não
há terreno disponível para
compra ou aluguel.
Texto Anterior: Mecânica comercializa detritos Próximo Texto: Construção Índice
|