São Paulo, domingo, 28 de junho de 2009


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gestão

Ter estacionamento pede cálculo de custo

Comerciantes dizem lucrar após implementação

TAÍS LAPORTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Oferecer estacionamento exclusivo é uma estratégia de comerciantes para oferecer conveniências e atrair clientes.
Mas o empresário que vai disponibilizar as vagas deve levar em conta a localização do negócio, o perfil do freguês e o custo da reforma.
"Lojas com maior movimento de pedestres recebem menos motoristas do que mercados em bairros residenciais", exemplifica o consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Paulo Melchor.
Seja para reformar o estabelecimento, seja para adaptar espaço para vagas, o comerciante deve obter alvará da prefeitura. O engenheiro civil Flávio Figueiredo recomenda contratar um profissional habituado com o Código de Obras e Edificações para pedir a autorização.
O custo médio para pavimentar um estacionamento descoberto é de R$ 100 por m2, calcula o engenheiro Eduardo Martins Verdade, que projeta vagas para lojas e supermercados. Já o investimento em áreas cobertas aumenta para R$ 600 o m2.
"O bloco de concreto ganha na estética e na praticidade da manutenção, mas o asfalto é o material de revestimento mais barato e resistente", sugere.
No planejamento, também conta a escolha pelo serviço de manobrista, terceirizado ou não. A vantagem de oferecer manobrista, além da comodidade, é dispor de mais vagas, lembra Verdade. "A lei permite ocupar os corredores de acesso se houver o serviço."
É preciso ainda garantir a segurança. "O dono do estabelecimento é responsável por roubos ou colisões, tanto que o seguro será obrigatório quando houver mais de 50 vagas", esclarece o consultor Melchor.

Ganhos
Comerciantes que fizeram estacionamento comemoram a alta na circulação de clientes.
Há cinco anos, a panificadora Amarante, na Vila Mariana, reduziu sua área interna para criar dez vagas em frente ao estabelecimento. "O movimento cresceu pelo menos um terço após a reforma", conta o gerente Ramon Silva Ribeiro, 23.
O dono do Esfiha Imigrantes, Jorge Bezerra de Melo, 46, diz ter percebido aumento de 50% na clientela após reservar 45 lugares para automóveis em um terreno que comprou atrás do estabelecimento.
"Teria dificuldades se não oferecesse as vagas", avalia o empresário, que paga funcionários para vigiar o local e mantém convênio com estacionamentos próximos para comportar o movimento extra. A parceria é comum onde não há terreno disponível para compra ou aluguel.


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