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gestão - tecnologia
Por R$ 350, firmas oferecem conexão à internet sem fio
Permanência prolongada e fidelização de clientes é um dos motivos para a empresa tornar-se "hotspot"
ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL
O cenário lembra cidades de
primeiro mundo: enquanto come um sanduíche, o cliente
aproveita para checar e-mails
no celular, fazer reuniões virtuais com a equipe pelo laptop
ou consultar o saldo bancário.
Apesar de ainda não ser difundida, essa imagem futurista é
cada dia mais comum em lojas
de grandes cidades brasileiras.
Para o consumidor, a maior
vantagem é poder contar com a
mobilidade, desvinculando-se
dos fios e podendo acessar a
internet de qualquer parte.
Para o empresário, a oferta do
"benefício" pode significar
tempo maior de permanência
dos clientes -e, conseqüentemente, mais consumo-, além
de fidelização e marketing.
Quem já tem uma conexão de
banda larga à internet gasta a
partir de R$ 350 em equipamentos para possibilitar o acesso à web de qualquer ponto da
firma. Esse valor representa os
gastos na instalação da rede
-depois, o empresário arca somente com custos do provedor.
Conhecido como wi-fi ("wireless fidelity", ou fidelidade
sem fio), o serviço faz a ponte
entre a antena de transmissão
do estabelecimento e aquela no
equipamento do cliente.
As duas unidades do bar do
Juarez, em Moema e no Itaim
(zonas sul e oeste da cidade),
são hoje "hotspots" (leia mais
no quadro ao lado). Os estabelecimentos recebem muitos
executivos no happy hour e
querem transformar mesa de
bar em local de reunião.
"A vantagem é oferecer mais
um serviço aos clientes, esperando que eles permaneçam
mais tempo na casa e fechem
negócios no bar", reforça o proprietário, Juarez Alves.
O empresário aproveitou a
Copa do Mundo deste ano para
lançar o serviço. "A procura
ainda não é muito grande para
o uso, mas nós acreditamos que
ela vá aumentar", emenda.
A Vex, uma das pioneiras na
instalação de "hotspots", com
800 pontos de acesso instalados no Brasil, pretende oferecer o serviço a outros 2.800
pontos em 2007 motivada, sobretudo, pela facilidade de um
kit mais compacto, o VexBox.
"É uma forma de divulgar o
local. Ele [o empreendedor] pega carona no que há de mais
moderno. Tenho certeza de que
fará parte do cotidiano das pessoas em breve", divulga José
Papa Neto, diretor-executivo.
Estratégia
Uma antena -que pode ser
adquirida diretamente em estabelecimentos próprios ou em
empresas fornecedoras da conexão- cobre cerca de 150 m2.
Áreas maiores demandam análise técnica do fornecedor.
Para quem pretende avançar
um pouco mais na prestação de
serviço e encarar a internet como negócio, há também a opção de venda de cartões pré-pagos de acesso, voltados para os
clientes que ainda não contam
com maquinário habilitado.
O empresário deve lembrar
que, antes de instalar a comodidade, é preciso refletir se o
cliente é do tipo que acessa o
palmtop enquanto toma o café
ou se ele mal sabe usar o celular; se o ponto está localizado
em área de fluxo de usuários
wi-fi; e, não menos importante,
se o estabelecimento oferece
segurança para que o consumidor saque aparelhos eletrônicos e os utilize sem medo.
Outro ponto a ser lembrado é
sobre o fornecimento do serviço. Como todo benefício ofertado, deve ser constante e não
ter falhas -por isso é preciso
ter caixa extra para apelar para
a manutenção caso um problema apareça. Não é porque a
oferta é gratuita que se pode
desligar a conexão para economizar, por exemplo, sob pena
de assistir à fuga da clientela.
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