São Paulo, domingo, 30 de setembro de 2007


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ALÉM DAS FRUTAS

Técnicas de gestão devem ter calibragem específica

Abastecimento e demanda precisam de sincronia para garantir frescor

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O negócio é lucrativo, mas não é para qualquer um. Operar uma loja especializada em hortifrútis proporciona margens atraentes, mas exige conhecimentos específicos de gestão.
Entre as variantes que interferem na comercialização estão o ciclo de maturação do produto e as condições de colheita, de transporte e de manuseio.
Além disso, é necessária uma estrutura logística impecável. "É preciso enviar produtos às lojas diariamente, e a sincronia entre abastecimento e demanda tem de ser ajustada como um relógio", afirma o gerente Marco Túlio, da rede Oba.
Para Cláudio Felisoni, do Provar-FIA, o varejo de hortifrútis e de perecíveis em geral pede uma operação muito eficiente para fazer o produto chegar fresco à loja, apresentá-lo de maneira correta e oferecer serviços compatíveis com o público de alta renda.
"Os principais valores a agregar são a localização do estabelecimento, o nível de serviço oferecido e a capacidade logística, que tem implicação direta na aparência e no frescor dos produtos e, conseqüentemente, no seu custo", completa.
O rápido crescimento da pioneira Natural da Terra, considerada modelo de operação eficiente, testemunha o valor da experiência no comércio de hortifrútis: todos os seus três sócios são ex-feirantes.
Foi um outro tipo de experiência, adquirida no ramo de cozinha industrial, que encorajou Ricardo Costa e seus sócios a investirem em uma loja de hortifrútis, a Quitanda.
"Queríamos diversificar nossa atuação. Pensamos em abrir um supermercado, mas optamos por um hortifrúti devido à tendência de consumo de produtos frescos e por possibilitar maior valor agregado", conta Costa, que estudou o mercado por um ano e meio e contou com assessoria especializada.
Para atender às tendências de consumo apontadas pelo levantamento que fez, a primeira loja de Costa foi inaugurada já com padaria, açougue, adega e seção gourmet.
Devido a uma oportunidade imobiliária, a abertura da segunda loja já está programada. A nova Quitanda terá um mezanino com lanchonete. "Não adianta oferecer só hortifrútis, pois as pessoas têm pouco tempo e não podem fazer compras em vários lugares", diz. (DB)

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