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ALÉM DAS FRUTAS
Técnicas de gestão devem ter calibragem específica
Abastecimento e demanda precisam de sincronia para garantir frescor
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O negócio é lucrativo, mas
não é para qualquer um. Operar
uma loja especializada em hortifrútis proporciona margens
atraentes, mas exige conhecimentos específicos de gestão.
Entre as variantes que interferem na comercialização estão
o ciclo de maturação do produto e as condições de colheita, de
transporte e de manuseio.
Além disso, é necessária uma
estrutura logística impecável.
"É preciso enviar produtos às
lojas diariamente, e a sincronia
entre abastecimento e demanda tem de ser ajustada como
um relógio", afirma o gerente
Marco Túlio, da rede Oba.
Para Cláudio Felisoni, do
Provar-FIA, o varejo de hortifrútis e de perecíveis em geral
pede uma operação muito eficiente para fazer o produto
chegar fresco à loja, apresentá-lo de maneira correta e oferecer serviços compatíveis com o
público de alta renda.
"Os principais valores a agregar são a localização do estabelecimento, o nível de serviço
oferecido e a capacidade logística, que tem implicação direta
na aparência e no frescor dos
produtos e, conseqüentemente, no seu custo", completa.
O rápido crescimento da pioneira Natural da Terra, considerada modelo de operação eficiente, testemunha o valor da
experiência no comércio de
hortifrútis: todos os seus três
sócios são ex-feirantes.
Foi um outro tipo de experiência, adquirida no ramo de
cozinha industrial, que encorajou Ricardo Costa e seus sócios
a investirem em uma loja de
hortifrútis, a Quitanda.
"Queríamos diversificar nossa atuação. Pensamos em abrir
um supermercado, mas optamos por um hortifrúti devido à
tendência de consumo de produtos frescos e por possibilitar
maior valor agregado", conta
Costa, que estudou o mercado
por um ano e meio e contou
com assessoria especializada.
Para atender às tendências
de consumo apontadas pelo levantamento que fez, a primeira
loja de Costa foi inaugurada já
com padaria, açougue, adega e
seção gourmet.
Devido a uma oportunidade
imobiliária, a abertura da segunda loja já está programada.
A nova Quitanda terá um mezanino com lanchonete. "Não
adianta oferecer só hortifrútis,
pois as pessoas têm pouco tempo e não podem fazer compras
em vários lugares", diz. (DB)
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