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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003


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FRANCHISING

Município de São Paulo, com 126 empresas franqueadoras, deve fixar alíquota em 5% ISS de 2% será maioria na Grande SP

ISS de 2% será maioria na Grande SP

BRUNO LIMA
FREE-LANCE PARA FOLHA

Falta apenas um mês de prazo para alterar o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e tributar em 2004 atividades como o franchising, mas nenhum dos 39 municípios da Grande São Paulo sancionou lei sobre o tema.
A maioria das cidades da região, no entanto, já tem projetos de lei que atribuem às franquias a menor alíquota permitida: 2%.
Levantamento feito pela Folha na última sexta-feira com as 39 cidades da região metropolitana revelou que 19 delas têm projeto em tramitação na Câmara Municipal e que 17 ainda estão em fase de elaboração do projeto na prefeitura. Duas cidades aprovaram projetos e têm pendente a sanção do prefeito, e uma (Vargem Grande Paulista) não respondeu.
Para poder cobrar o ISS em 2004, os municípios precisam adequar sua legislação às determinações da nova lei federal (lei complementar nš 116, de 31/6/03) ainda neste ano.

Valores
Entre as cidades, 24 têm projeto que estabelece 2% de alíquota para o franchising; quatro, 3%; uma, 4%; e duas, 5%. Três disseram que o valor ainda não foi definido, e cinco não informaram as alíquotas presentes em seus projetos.
Entre os que fazem segredo sobre as alíquotas está o município de São Paulo, que, de acordo com a ABF (Associação Brasileira de Franchising), é sede de 126 empresas franqueadoras. A Folha apurou, entretanto, que o projeto que a prefeitura deve encaminhar nesta semana à Câmara Municipal propõe tributação das franquias em 5%, o máximo permitido pela lei. O mesmo valor deve vigorar em Itapevi e em Arujá.
São Bernardo do Campo decidiu fazer a alteração em duas etapas e gerou falsa expectativa no setor. Primeiro, fez algumas mudanças exigidas pela nova lei federal, mas manteve a antiga lista de serviços tributáveis -que não incluía o franchising. A lei anterior tributava a corretagem de franquias, mas não os serviços de apoio prestados por franqueador a franqueado (como faz a nova).
Na sexta-feira, contudo, o município informou que prepara outro projeto de lei -desta vez tributando as franquias em 2%.
Barueri, apontada como um dos maiores "paraísos fiscais" da Grande São Paulo, ainda não divulgou sua alíquota, mas também deve fixá-la no menor valor. A cidade deve contrariar a lei e manter tributações inferiores a 0,5% para serviços que teriam direito a alíquotas fixas por dez anos.
Ao fixar o valor mínimo, a lei busca pôr fim à guerra fiscal entre municípios, dizem especialistas. A ABF ainda estuda medidas jurídicas para contestar a cobrança.


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