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LICENÇA PARA FUNCIONAR
Empresário deve ficar atento a novas leis e convênios
Cetesb faz acordos com municípios do interior de SP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Acompanhar a legislação ambiental no Brasil é tarefa difícil
até para especialistas, dizem os
que foram ouvidos pela Folha.
Para os micro e os pequenos
empresários, que raramente
têm acesso a consultorias especializadas, a dificuldade para se
atualizar é ainda maior.
Em São Paulo, a Cetesb
(Companhia de Tecnologia e
Saneamento Ambiental) está
construindo agências ambientais unificadas. Até agora, segundo o presidente da Cetesb,
Fernando Rei, já foram 30, e,
até o fim de 2009, serão 56
(mais informações pelo telefone 0800-113560).
O objetivo é descentralizar e
unificar as licenças, como as
de supressão de vegetação,
em um único órgão.
Apesar de as construções
estarem em andamento, o projeto que estabelece o licenciamento único ainda não foi
aprovado e está na Casa Civil
do governo do Estado, diz Rei.
Segundo ele, atualmente 20
municípios do interior paulista
negociam com a Cetesb a assinatura de convênios para fazer
licenciamento ambiental. "Estão em processo de convênio
Rio Claro, Botucatu, Tabapuã,
Valinhos e Ribeirão Preto."
Irregular
Pequenas empresas irregulares podem causar grandes impactos ambientais, afirma a especialista em ambiente Isabel
Ribeiro. "Um conjunto de pousadinhas irregulares prejudica
mais uma praia do que um
grande hotel ou "resort" que está de acordo com a legislação."
O empresário Luiz Fillipe
Factori afirma ter gastado
R$ 300 mil reais para obter a licença. Sua empresa, a Casa do
Metal, compra e beneficia resíduos metálicos contaminados
com óleo e vende-os. Segundo
ele, a licença é um diferencial,
pois muitas empresas do mercado operam ilegalmente.
"Conhecemos indústrias que
vendem metais contaminados
com óleo para "corretores". Eles
comercializam o material, como se fosse sucata, para empresas que não têm licença."
Walter Melo, da Fortim Acumuladores, que fabrica e beneficia baterias, afirma que o processo de licença deve ser rigoroso. "Sabemos de um caso no
mercado de falsificação desse
tipo de documento", conta.
Normatização
O setor de suinocultores está
se organizando para normatizar a produção de porcos no Estado. Um dos passos para essa
regulamentação será desenvolver o licenciamento ambiental.
"Esse será um terceiro momento, depois da criação do
manual de boas práticas",
informa Valdomiro Ferreira
Júnior, presidente da Apacs
(Associação Paulista de Criadores de Suínos).
Segundo Fernando Rei, da
Cetesb, os suinocultores estão
na nova frente de regulação
ambiental do órgão.
"A Cetesb sempre cuidou de
fontes industriais e vai ter de
migrar para outros setores",
aponta Rei. Ele se refere à
expansão da suinocultura e de
outros setores do campo, como
o sucroalcooleiro.
(AL)
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