São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 2010


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Custo é proporcional ao formato

Apenas reduzir tamanho para se adequar ao mercado é errado, diz consultor

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Especialistas consultados pela Folha concordam que o preço por metro quadrado de quiosques e empreendimentos similares são os mesmos dos de lojas de investimento maior.
"O resultado por metro quadrado é igual", calcula Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store. Segundo ela, o que mais gera insatisfação não é o tipo de modelo, mas a expectativa de retorno "em relação ao investimento".
Para não se decepcionar, Claudia Bittencourt, diretora-geral do Grupo Bittencourt, recomenda atenção ao fluxo de clientes do lugar em que a unidade menor será inserida.
Caso o microfranqueado vá para outras regiões, o "mix" de produtos deve ser revisto, diz a executiva. "Um creme que não vende bem no Sudeste pode ter alta demanda no Nordeste."
Na hora de pensar em novos mercados ou ir para dentro de outra loja, as padronizações da franquia também devem ser monitoradas da mesma maneira como são controladas em uma grande loja, ressalta Ana Vecchi, da consultoria de negócios Vecchi & Ancona. "O risco de perder o padrão é equivalente ao de uma loja", afirma.
Um exemplo, aponta Vecchi, é a necessidade de equipamentos e de organização adequados, mesmo que a um custo maior. "Não adianta economizar em infraestrutura", pontua.
Garcia recomenda que o franqueador peça referências dos modelos já em operação, para não se surpreender com problemas de planejamento do negócio. "Franqueadores estruturados ou testam seus modelos antes de franquear ou já conhecem o consumidor e o produto por vendê-lo em um multimercado", exemplifica.

Alto risco
Para Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise, a franquia deve buscar mercados com demanda para a sua operação -e não o contrário. "Se há mercado para o meu modelo, eu vou [investir]. Se não existe um apto para minha operação, vou perder escala e desmontar meu padrão."
Quanto aos quiosques, Rizzo salienta que muitos são inviáveis economicamente. "Sou contrário quando eles são montados como uma variação "menor" de uma franquia", opina.
Outro ponto são os custos não esclarecidos de alguns pontos dentro de shoppings. "O aluguel é bem mais alto e ainda há todos os custos rateados de condomínio", diz Rizzo.

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