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ESTRUTURA CARA
Lojistas enfrentam alta de aluguéis em shoppings
Rafael Hupsel/Folha Imagem
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O empreendedor Márcio Massarani contou com a ajuda de um advogado e de um especialista em varejo, que lhe deram assessoria
Maior procura por pontos é indicada como razão para incremento
DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre lojistas e gerentes de
expansão de franquias, os
comentários vêm em uníssono:
o preço para manter uma loja
de shopping center tem subido
desde o ano passado.
"Creditamos o aumento dos
valores ao aquecimento da economia", diz o diretor de pontos
comerciais do Grupo Cherto,
Marcos Hirai. "É a lei da oferta
e da procura. Há muitos lojistas
querendo entrar e poucos dispostos a sair", pontua.
A situação fez com que o preço da luva -valor geralmente
pago ao shopping para garantir
o uso do espaço- crescesse até
100%, segundo Hirai. Aluguel e
condomínio não seguiram essa
proporção, apresentando aumento entre 10% e 20%.
Enxurrada
Parte do problema está no fato de que, apesar de toda a especulação sobre os novos shoppings que têm previsão de inauguração para breve, nem tantos
estarem em funcionamento.
Situação que deverá se reverter a partir do final de 2009,
quando a enxurrada de lançamentos tiver terminado. "Até
lá, os preços só devem subir",
afirma Hirai.
Luiz Fernando Veiga, diretor
executivo da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping
Centers), confirma que os preços de manutenção de espaços
em shoppings subiram e também defende que essa situação
deverá ser revertida.
"Quanto mais oferta de lojas
houver, maior será a guerra
concorrencial", observa.
Quanto se paga
Empresários ouvidos pela
Folha relatam o aumento dos
preços, mas têm receio de revelar os valores e perder negociações com os shoppings.
Segundo Hirai, o aluguel varia de R$ 50 a R$ 300 por metro
quadrado, e o condomínio, de
R$ 40 a R$ 130 por metro quadrado. Os custos podem mudar
de acordo com o shopping, o
espaço e o setor do negócio.
Isabel Marão, 32, dona da
revistaria Cidade de Papel, do
Shopping Metrô Tatuapé, afirma que seus gastos quase dobraram nos últimos dois anos.
A empresária acaba de abrir
uma loja de rua, mas valoriza o
espaço do shopping. "Ao menos
temos um público garantido."
Para Ivan de Almeida, diretor
de expansão da franquia de sorvetes Ice Mellow, "os shoppings só cobram esses valores
porque há quem os pague".
Ele diz que há meses tenta
entrar em um shopping específico e não consegue, porque
concorre com empresários dispostos a aceitar o valor exigido.
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