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O arsenal com experiência de cinema e televisão

Por ERIK OLSEN

No fundo de um prédio comum no bairro do SoHo, em Manhattan, um cofre de aço de dois andares marcado "Fort Knox" contém o arsenal de armas que abasteceu heróis de ação e seus adversários, exércitos e agentes federais de mentira e até Tony Soprano.

A coleção de mais de 5.000 armas de fogo inclui rifles de precisão e de assalto, espingardas, pistolas, revólveres, metralhadoras e uma das primeiras armas de fogo manuais do mundo, do século 15. Todas já tiveram seu papel no cinema ou na televisão.

"Todas essas armas são de verdade", disse o dono do arsenal, Rick Washburn, ator cuja empresa, The Specialists, tornou-se um armazém fornecedor de armas de encenação. Essas armas disparavam munição real, mas foram modificadas para hoje atirar apenas cartuchos de festim.

Nos últimos 30 anos, Washburn, 65, ganhou fama como o homem que consegue qualquer arma. A Specialists recentemente terminou de trabalhar em "One Shot", o thriller de Tom Cruise baseado na popular série de novelas de Lee Child com Jack Reacher. A empresa também forneceu armamentos ao filme mais esperado do ano, "The Dark Knight Rises", o capítulo final da trilogia "Batman", de Christopher Nolan.

Desde sua estreia em 1981, a empresa forneceu armas e outros equipamentos bélicos para mais de 1.200 filmes e programas de TV, incluindo "Duro de Matar", "O Ultimato Bourne", "Gângster Americano", "Os Sopranos" e o drama "Boardwalk Empire".

"Rick sempre me ajuda nos apertos", disse Max Sherwood, um mestre contrarregra de Nova York que está trabalhando no filme "Blood Ties", estrelado por Clive Owen e Billy Crudup. "Posso chegar lá e Rick saberá o tipo de arma que um criminoso usaria, por exemplo, em 1974."

Washburn comentou que as leis de controle de armas da cidade de Nova York exigem que ele registre todas o arsenal sob seu controle.

A arma mais procurada é a Glock, segundo o livro "Glock: The Rise of America's Gun" [Glock, a ascensão da arma americana], de Paul M. Barrett. A Glock se popularizou nos filmes graças a Washburn. Ele foi um dos primeiros contrarregras do país a insistir que a marca fosse usada. A popularidade da Glock se espalhou nos anos 1990, porque a arma tinha menos partes e um magazine maior, comparada ao revólver tradicional.

Washburn está se preparando para uma nova geração de armas. "Em alguns anos haverá armas supersônicas, lasers e armas eletrônicas", disse. E acrescentou: "Nós faremos parte disso".

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