São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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ENSAIO - ANNE EISENBERG

Treinador eletrônico oferece motivação

Perseguir metas de atividade física e perda de peso é duro. Mas novos produtos eletrônicos podem ajudar com estímulo e sugestões.
Suba na elegante balança preta sem fio da empresa francesa Withings, por exemplo, e ela transmite seu peso para o computador. De lá, esse dado pode ir diretamente para o Twitter e outros sites, para que seus amigos possam celebrar sua força de vontade.
A balança, que custa US$ 159, tem um processador e uma conexão wi-fi integrada.
Com a sua autorização, dados sobre o seu emagrecimento viajam da balança para o computador, e de lá para o iPhone, o iPad (com um aplicativo gratuito da Withings), o BlackBerry ou, a partir de novembro, os celulares Android.
As informações também podem ser enviadas a amigos solidários em sites ligados à atividade física, como RunKeeper ou DailyBurn.
Para quem precisa de um "personal trainer" eletrônico, a marca finlandesa Suunto tem uma nova série de relógios que monitoram a frequência cardíaca -sem perder a elegância. Testei o modelo M4, que cria um programa de atividade física e exibe orientações e estímulos no mostrador.
O relógio, que custa US$ 169 na Amazon, recebe os dados cardíacos de um transmissor que fica num cinto preto que é confortavelmente ajustado no peito.
Os monitores cardíacos da série M se destinam a iniciantes e entusiastas da malhação, mas não a atletas de elite, segundo Ewa Pulkkinen, da Suunto.
"Eles são específicos para pessoas que precisam de motivação e inspiração para se levantarem e continuarem [se exercitando]", disse ela (gostei do incentivo do relógio, desde o anúncio de que é "dia de exercício", antes de começarmos, até o elogio final de "bom treinamento!").
"O programa diz a duração e a intensidade que a atividade física deve ter", afirmou Pulkkinen. Ele avisa o usuário para desacelerar ou acelerar, de modo a manter a frequência cardíaca dentro da faixa recomendada.
"Os monitores de frequência cardíaca podem ser incríveis motivadores", disse Walter Thompson, professor de cinesiologia e saúde da Universidade Estadual da Geórgia, em Atlanta.
"Se sua meta é de 150 batimentos por minuto e você vê que não chega lá quando se exercita, um monitor é um ímpeto incrível", afirmou.
Em breve, a tecnologia pode dar outra ajuda a quem pretende emagrecer: robozinhos que dão dicas alimentares. Caroline Apovian, diretora do Centro de Nutrição e Peso da Escola de Medicina da Universidade de Boston, assessorou um estudo que avaliou se as pessoas aceitariam um robô como orientador.
Os participantes receberam a ajuda de um equipamento projetado por Cory Kidd, fundador e executivo-chefe da empresa Intuitive Automata, que desenvolve robôs para que sejam usados na saúde.
A máquina, com 38 centímetros de altura, tem voz feminina e estabelece contato visual com o usuário por meio de uma câmera embutida.
Kidd disse que ela deve chegar ao mercado dentro de aproximadamente um ano, com preço por volta de US$ 500.
"O teste não era para ver se os pacientes perdiam peso", disse Apovian, "mas para ver se eles estabeleciam uma relação com o robô".
Em geral, as pessoas gostavam de trabalhar com a máquina e não queriam devolvê-la, contou a pesquisadora.
"Uma pessoa deu nome ao robô; outra colocou um chapéu", afirmou Apovian. "Elas o tratavam como um amigo."


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