São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008

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ARTE & ESTILO

Roupas que levantem o astral

Por ERIC WILSON

Está começando uma temporada de freios nas despesas. As festas de fim de ano, aparentemente, serão enxutas. Podemos nos vestir de forma sóbria, condizente com o momento, comprovando o velho ditado segundo o qual os comprimentos das saias descem para acompanhar as Bolsas. Ou podemos ousar.
Em uma festa recente do Conselho de Estilistas da América e da “Vogue” , a indicação de traje no convite dizia “produza-se”, mas praticamente ninguém a interpretou como razão para usar preto. Em lugar disso, as pessoas pareceram interpretá-la como desafio para vestirem-se num espírito que poderia ser descrito como um “up na moda”.
A festa estava repleta de modelos famosas com saias curtíssimas e de socialites em vestidos sensuais. Os presentes refletiam o estilo otimista e descompromissado que parece definir o look desta temporada.
“Estou animada e otimista”, disse Lisa Airan, dermatologista de Manhattan que usava um vestido branquíssimo de seda com enfeites plumados no corpete, luvas de motociclista de couro branco e sandálias pink de Giambattista Valli.
Como disse o estilista Alexander Wang na “Harper’s Bazaar”, as velhas regras da roupa apropriada para as festas de fim de ano deixaram de valer. Nada de limites para os trajes para o dia ou da formalidade nos trajes para a noite. Shorts estão valendo, se tiverem estilo.
O tema pode soar frívolo em vista dos problemas econômicos. Mas produzir-se ainda pode exercer um efeito emocional positivo, mesmo que a maioria das pessoas esteja fazendo suas “compras” em seus próprios guarda-roupas.
Para o estilista Elie Tahari, vestidos de tafetá e visuais extravagantes serão menos procurados que as peças-curinga, como saias e casacos que podem ser incrementados com uma jóia que valerão também depois da temporada do fim de ano. “As mulheres querem se produzir e se sentir bem, mas não querem gastar muito”, disse ele.
Ao mesmo tempo, não passou despercebido o fato de que a família Obama está dando um exemplo “up na moda” que anima os estilistas. Desde que os Obama, na noite da eleição, apareceram como um quadro de moda coordenado, como se tivessem acabado de sair de um retrato de um cartão de boas festas, as vendas de vestidos vermelhos têm sido fantásticas, disse a costureira Kay Unger. As clientes estão mais criativas, disse ela, comprando casaquinhos de mangas curtas que podem ser usados sobre um vestido ou com luvas compridas e depois usando o mesmo casaquinho com um jeans para um look de escritório.
O vestido pretinho básico ainda é uma boa escolha, mas, disse Unger, vêm despertando interesse igual materiais metálicos mais brilhantes, como bronze ou ouro escovado, de vida útil mais curta.

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