São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Férias de trabalho com ênfase na família

Por JULIE WEED
Como as famílias podem se reunir durante um tempo que normalmente seria consumido pelo trabalho, e até transformar a experiência em aventura e fazer economia nestes tempos de recessão? Elas podem combinar uma viagem de negócios com férias familiares.
Segundo estudo de 2008 da Egencia, ramo de viagens corporativas da Expedia, 59% dos viajantes de negócios fizeram familiares ou amigos unirem-se a eles em uma viagem.
Andy Palmer, cofundador da Vertica Systems e diretor global de engenharia de software nos Institutos Novartis de Pesquisas Biomédicas em Cambridge, Massachusetts, combina viagens de negócios com passeios de família sempre que pode. Ele já levou sua mulher à Suécia e sua filha à Disney World. Em um ano, Palmer tirou seu filho da escola durante dez dias para acompanhá-lo em uma viagem de negócios a Idaho e Utah. Eles conseguirem achar tempo para pescar.
"Detesto viajar e ficar longe de minha família", disse Palmer, que mora em New Castle, New Hampshire. "Por isso, ter algum deles comigo é um milhão por cento melhor."
Na última primavera, a mulher de Palmer, Amy, e seus quatro filhos o acompanharam à sede da Novartis em Basileia, Suíça. Sua família "comia e passeava", enquanto ele trabalhava durante o dia, e todos se reuniam à noite para jantar. As crianças gostaram de ver aonde seu pai ia com tanta frequência, disse Amy.
Lois Howes, que trabalha na Superior Travel, em Freeport, Nova York, recentemente ajudou viajantes que iam para Istambul, Seattle e Savannah, Geórgia, a prolongar suas viagens de trabalho para passear um pouco.
"Tive um casal de professores de Nova York que ia a uma convenção em Seattle neste verão e os coloquei em um cruzeiro para o Alasca", disse.
Quando Mary Sorensen, de Seattle, descobriu que seu marido, Stan, faria uma viagem de negócios a Paris durante as férias de primavera, ela alugou um apartamento lá por dez dias.
"Aproveitamos a oportunidade para transferir nossa vida para a França", ela disse. "Todos os dias fazíamos o café da manhã para o papai, e ele seguia para o trabalho."
Depois do desjejum, Mary e seus filhos, de 11 e 9 anos, saíam para passear. Além de visitas ao Louvre e a Notre-Dame, eles iam a uma padaria todos os dias para praticar o francês. Viajantes de negócios experientes aconselham verificar com um diretor da empresa antes de levar a família em uma viagem. As companhias geralmente aceitam a ideia, desde que os funcionários não incluam as despesas familiares nas contas e cumpram seus deveres profissionais.
Misturar viagem de negócios e pessoais exige um planejamento extra. Quando Palmer levou sua filha Morgan em uma viagem à Disney World, na Flórida, ele se certificou de que sua tia, que mora em Orlando, podia cuidar dela enquanto ele trabalhava.
Alguns anos depois, sua filha acompanhou Palmer em viagens de negócios a três estados americanos para que ela visitasse faculdades. Palmer marcava suas reuniões em horários diferentes das visitas aos campus.
Quando viajantes que combinam negócios com férias tentam realizar objetivos diferentes, pode haver tensões. As expectativas devem ser definidas antes da partida, incluindo as obrigações profissionais diárias e quando haverá tempo para recreação.
Alguns viajantes de negócios se encontram com suas famílias no final da viagem e a prolongam por alguns dias. Mesmo quando os pais não estão viajando a negócios, a linha entre trabalho e família muitas vezes é imprecisa, disse Mary Palmer, indicando que algumas pessoas trabalham no computador em casa em vez de brincar com os filhos.
"Isso nos ajuda a reivindicar um pouco daquele tempo de volta", destacou.


Texto Anterior: Ensaio - Joe Sharkey: Tarifas baixas, espaço para pernas opcional
Próximo Texto: Aeroportos conseguem ótimo mel das abelhas e boas notas de ar

Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.