São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Sons latinos movimentam clubes e ruas

Por LARRY ROHTER
A cena de dança latina em Nova York é uma festa em movimento, e oferece aos fãs oportunidades para sair de casa sete noites por semana.
O número de lugares que promovem dança latina parece estar crescendo, e inclui locais aparentemente improváveis como o Taj Lounge, um restaurante indiano na Rua 21 Oeste, no bairro de Chelsea em Manhattan (às segundas-feiras); o B.B. King's Blues Club & Grill, perto de Times Square (quintas); e o Water Taxi Beach, no South Street Seaport (sextas).
No verão, há a sessão Sunset Salsa, que se realiza ao ar livre todas as quintas-feiras na ilha de trânsito da Nona Avenida no lado norte da Rua 14 em Manhattan.
"Qualquer um pode experimentar", disse Talia Castro-Pozo, a instrutora chefe. "Basta olhar em volta e você verá que não há só latinos aqui, mas pessoas de todas as idades e etnias e históricos e níveis de experiência, todos dançando alegremente com os outros."
Os estilos de dança latina predominantes na maioria desses eventos, é claro, são a salsa e seus primos do Caribe, que incluem merengue, chachachá, bachata, mambo e rumba. Mas o tango argentino e o samba brasileiro também têm seus seguidores e locais de reunião.
O cenário da salsa de divide entre as "festas", que geralmente ocorrem em clubes noturnos, restaurantes e bares como o S.O.B.'s, no South Village, às sextas, ou o Iguana, na Rua 54 Oeste, e os "socials", encontros que se realizam em estúdios de dança.
"Os socials são para pessoas que querem dançar, e não beber", disse Steve Shaw, cofundador da SalsaNewYork.com. "Os clubes veem que eles não bebem e os gerentes querem faturar e acham que não conseguem um número suficiente de pessoas que bebem. Então uma solução é o estúdio de dança, onde as pessoas podem dançar e há bebidas não alcoólicas."
Dos socials, o mais antigo e provavelmente mais popular é o organizado por Jimmy Anton, um professor de dança veterano. Ele acontece em Chelsea, dois domingos à noite por mês.
A vantagem dos clubes e restaurantes, mesmo para quem não está interessado em beber, é que muitos oferecem aulas grátis de dança como atrativo.
Alguns clubes claramente não são para iniciantes. A Salsa Party, na noite de quinta no Club Cache, perto da Broadway, no bairro dos teatros em Manhattan, tem a aula grátis habitual, mas a pista logo fica cheia de dançarinos ansiosos para mostrar sua perícia. O Cache atrai muitos professores de dança que buscam um lugar para se divertir depois do trabalho, assim como "salseros" empenhados que vêm de outros lugares ou se mudaram para Nova York para levar um "estilo de vida salsa".
As sessões Uptown Salsa, quarta-feira no Centro Cultural Julia de Burgos, no East Harlem, por outro lado, oferecem um ambiente incrivelmente hospitaleiro. A turma é mais velha e predominantemente latina, o show começa às 17h30 e termina por volta das 23 horas, e ninguém parece sentir necessidade de exibir as técnicas recém-adquiridas.
Para o samba existe o S.O.B.'s, que apresenta música brasileira na maioria das noites de sábado, e o clube Nublu, no East Village, principalmente às quartas-feiras.
Também há cruzeiros de barco com samba, regularmente às quartas-feiras.
Para o tango, um bom lugar para começar é o Y, na Rua 92, que patrocina uma Festa de Tango Argentino no primeiro sábado de cada mês. "Todos os dias há dois ou três lugares onde você pode dançar tango em Nova York", disse Karina Romero, que organiza a programação do Y. "Existem estúdios, restaurantes e clubes. Esta cidade está quase igual a Buenos Aires."


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