São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2010

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Relógios de luxo ficam mais leves

Por ANNE EISENBERG
Relógios de pulso mecânicos, ativados por rodas, engrenagens e alavancas precisas, há anos atraem "connoisseurs" dispostos a pagar entre US$ 10 mil e centenas de milhares de dólares por um deles.
Esses relógios podem emitir um sinal sonoro discreto a cada quarto de hora, exibir as fases da lua em seus mostradores ou mostrar as frações de segundo que definem as voltas de uma corrida -sem a ajuda digital dos circuitos integrados.
Agora, a tecnologia está ajudando seus fabricantes a produzir relógios de luxo menores e mais leves, dotados de elementos mecânicos cada vez mais engenhosos.
"Está ocorrendo uma revolução nos materiais, e ela está energizando os designers", disse Michael Thompson, editor da revista "International Watch".
Os relógios de luxo são produzidos em quantidades pequenas e exportados para todo o mundo por empresas suíças veneráveis como Patek Philippe e Audemars Piguet, além de outras novatas, como a Richard Mille. Segundo Thompson, são adquiridos principalmente por homens.
Os novos materiais permitem que componentes e mostradores sejam extremamente leves, explicou o editor.
O tenista campeão Rafael Nadal vai usar um protótipo da criação mais recente da Mille, o RM 027 Tourbillon, de US$ 525 mil, quando jogar nas quadras de saibro do torneio Roland Garros, disse Richard Mille, executivo-chefe da empresa que tem seu nome. De acordo com ele, o relógio pesa menos de 28 gramas, incluindo a pulseira. Cinquenta exemplares do relógio estarão nas lojas dos EUA até o final de julho.
A Patek Philippe, que fabrica cerca de 42 mil relógios por ano, está fazendo experiências com um material avançado diferente, o silício, disse Larry Pettinelli, presidente da empresa nos EUA. Algumas peças móveis antes feitas de metal serão, em vez disso, gravadas em silício. Laurent Junod, diretor de serviços técnicos da Patek em Nova York, disse que as formas e dimensões podem ser controladas com tanta exatidão que essas peças vão funcionar sem precisar de lubrificação.
Pettinelli disse que os mecanismos estarão em breve disponíveis em alguns relógios, em sua maioria custando por volta de US$ 35 mil, a serem vendidos em Nova York, onde a companhia tem uma loja especializada na Tiffany's.
A Montblanc, da Alemanha, relativa novata na área da alta horologia, começou em 1997 a ampliar seu ramo de ação de suas famosas canetas para relógios mecânicos de alta qualidade. Um de seus novos produtos, o Metamorphosis (US$ 297 mil), previsto para chegar ao mercado em dezembro, possui dois mostradores diferentes com funções totalmente distintas, disse o presidente e executivo-chefe da Montblanc na América do Norte, Jan-Patrick Schmitz. Empurra-se uma alavanca na lateral do relógio, e a transformação começa: o relógio se divide em dois, revelando um cronômetro.
A Audemars Piguet está introduzindo três versões novas de seus relógios esportivos de luxo na coleção Offshore Grand Prix. Uma versão (US$ 34,5 mil) possui invólucro leve de carbono forjado e cores brilhantes que remetem a carros de corrida.


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